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terça-feira, 9 de julho de 2024

Os Emblemas das Unidades Aéreas da Aviação do Exército

 

A Aviação Militar não é fascinante apenas pelas suas aeronaves e as missões que cumprem em tempos de paz ou de guerra, controlando, defendendo e integrando territórios e céus, através de suas mais diversas funções e tarefas, seja na Caça, Ataque, Transporte, Reconhecimento, Asas Rotativas, Patrulha Marítima, Busca e Salvamento, Treinamento, dentre tantas outras. A ideia de utilizar símbolos para representar e identificar grupos ou exércitos no campo de batalha ganhou notoriedade na Idade Média e permanece sendo utilizada até os dias atuais. Inserida nas forças militares, a Aviação não é diferente, com as cores e formas dos Emblemas das Unidades Aéreas, estampando as fuselagens das aeronaves ou os trajes de voo das tripulações. Esses Distintivos ou Escudos e os elementos impressos em cada um deles, contam muito sobre a própria história dos Esquadrões ou as tarefas e atividades que realizam. Para tratar desse assunto pouco explorado e difundido, o site Aviação em Floripa preparou um conjunto de conteúdos, trazendo aos seus leitores, esse fantástico universo. Aqui você vai encontrar um guia atualizado, mostrando as Unidades Aéreas pertencentes aos três braços aéreos das Forças Armadas brasileiras, suas aeronaves, os Emblemas e seus significados, além de muitos detalhes e informações a respeito de cada uma delas, tudo reunido em infográficos exclusivos e individuais, além de outros componentes visuais especialmente elaborados para esta matéria. Boa leitura!

Nota Editorial: Se você perdeu a introdução a esta temática, referente à Heráldica na Aviação Militar brasileira e os conteúdos anteriormente publicados ou, simplesmente quer revisitá-los, basta clicar sobre os banners abaixo:











A Aviação do Exército nos moldes atuais, é herdeira direta do legado e das tradições deixadas pela Aviação Militar, criada em 1919, apenas três anos após a Aviação Naval iniciar suas atividades, dividindo com a Marinha, a primazia na implantação de uma Arma Aérea orgânica e na criação de Escolas de Aviação, permitindo a formação dos primeiros pilotos militares em nosso país. Entretanto, a utilização de meios aéreos por parte do Exército Brasileiro é bem mais antiga e remonta à época da Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), através do emprego militar inédito na América Latina de balões cativos (presos ao solo por cordas), para observação da posição e movimentação das tropas inimigas no terreno, uma inovação estratégica para a época. 

Encerrando com chave de ouro esta série de matérias que aborda as Unidades Aéreas da Aviação Militar brasileira, chegou a vez do componente aéreo do Exército Brasileiro, recriado em 1986, uma força jovem, porém moderna, bem treinada e com grande poder de mobilidade. Ao longo de sua história, pautada por três fases distintas (veja infográfico abaixo), as asas verde-oliva, desde o início, distinguiram-se por seu pioneirismo e excelência, consolidando-se como um elemento fundamental, sempre presente e atuante junto à Força Terrestre, projetando-a na Terceira Dimensão. Conheça a partir de agora, através de conteúdos visuais exclusivos e especialmente elaborados para esta matéria, a história, os personagens, as aeronaves, a estrutura, os Emblemas e as Unidades Aéreas da Aviação do Exército.



Decorridas quase quatro décadas da recriação da Aviação do Exército (AvEx), atualmente os seus meios aéreos encontram-se distribuídos em seis Unidades Aéreas, alocadas em diferentes pontos do território nacional. O grande polo é Taubaté, cidade do interior paulista com mais de 300 mil habitantes, situada na região do Vale do Paraíba, local escolhido como o berço da Aviação do Exército em seu renascimento. O Forte Ricardo Kirk, onde se encontra a Base Aérea de Taubaté (BAvT), concentra em suas instalações e hangares, boa parte da estrutura atual da Aviação do Exército, incluindo os 1º e 2º Batalhões de Aviação do Exército (BAvEx), o Centro de Instrução de Aviação do Exército (CIAvEx), responsável pela formação (teórica e prática) ou especialização, de todo o pessoal ligado à atividade aérea, sejam Pilotos, Mecânicos, Controladores de Voo, Observadores Aéreos, entre outras funções. Além dessas três Organizações Militares, diretamente envolvidas com o voo, Taubaté reúne ainda outras Unidades que dão suporte às operações da Aviação do Exército, entre elas, um Batalhão de Manutenção e Suprimentos, uma Companhia de Comunicações, além de sediar o próprio Comando da Aviação do Exército. Fechando o componente aéreo, outras três Unidades operadoras de helicópteros estão sediadas em Campo Grande/MS, Manaus/AM e Belém/PA.


A Aviação do Exército é um dos pilares da chamada Força de Ação Rápida do Exército Brasileiro, reunindo Organizações Militares das suas diferentes Armas, estrategicamente distribuídas pelo país e capazes de serem desdobradas rapidamente e atuar em qualquer localidade do território nacional em curto espaço de tempo. Dentro desse conceito, as Unidades Aéreas devem estar aptas e capacitadas a fornecer aeromobilidade à Força Terrestre, essa é a principal missão da Aviação do Exército. Toda a doutrina de emprego é focada nesta importante atividade. O infográfico abaixo, apresenta aos nossos leitores, a estrutura atual das Organizações Militares da Aviação do Exército diretamente envolvidas com a atividade aérea em suas diferentes áreas de atuação. Importante dizer que as três Unidades Aéreas fora de Taubaté, estão subordinadas aos seus respectivos Comandos Militares, atuando cada qual dentro de suas áreas de jurisdição, porém, por operarem meios aéreos, guardam vinculação com o Comando da Aviação do Exército, podendo ser empregadas ou acionadas em apoio a este.


A ponta da lança da Aviação do Exército é formada por cinco modelos distintos de helicópteros, quatro deles, de origem francesa (HA-1A Fennec, HM-1A Pantera, HM-3 Cougar e HM-4 Jaguar) e o outro (HM-2 Black Hawk), de fabricação estadunidense. Além de atuar na formação dos futuros Pilotos do Exército, dentro da premissa da aeromobilidade, essas aeronaves realizam uma ampla gama de missões, incluindo Transporte de tropa e cargas, Reconhecimento, Ataque, Evacuação Aeromédica (EVAM), Busca e Salvamento (SAR), Busca e Salvamento em Combate (C-SAR), Comando e Controle, Operações Especiais, Ligação e Observação e Emprego Geral, prestando ainda apoio à população, em situações de calamidade pública, por exemplo. O Exército designa suas aeronaves com um sistema composto por duas letras (a primeira ligada ao tipo e a segunda, à missão) além de uma numeração sequencial, de acordo com a entrada em serviço de cada modelo. Até o momento, existem duas denominações distintas, uma para a função de Reconhecimento e Ataque (HA-) e a outra englobando as demais (HM-), reunidas sob o nome de Helicóptero de Manobra. Interessante notar que os helicópteros destinados à Instrução Aérea, não utilizam uma designação específica, pois podem ser empregados também como vetores de combate, caso haja necessidade.

Dentro das Unidades Aéreas, os helicópteros são divididos em Esquadrilhas, recebendo as denominações de EHI (Esquadrilha de Helicópteros de Instrução), EHRA (Esquadrilha de Helicópteros de Reconhecimento e Ataque) e EHEG (Esquadrilha de Helicópteros de Emprego Geral). A estrutura de cada Unidade conta ainda com uma Esquadrilha de Manutenção e Serviços (EMS), responsável pelos reparos mais simples nas aeronaves, além de uma Esquadrilha de Comando e Apoio (ECAp), voltada para as atividades administrativas.



Todos os helicópteros HA-1 remanescentes dos dois lotes recebidos (HB-350L1 Esquilo e AS-550A2 Fennec), somando 34 unidades, foram modernizados e padronizados para a variante HA-1A. Da mesma forma, a frota de 34 HM-1 Pantera (AS-365K) está sendo elevada para o padrão "K2". O programa encontra-se em fase final, restando poucos exemplares para serem entregues, agora designados como HM-1A. Os trabalhos em ambos os modelos foram realizados nas instalações da Helibras, em Itajubá/MG, uma subsidiária da companhia europeia Airbus Helicopters, fabricante original dos helicópteros. Em comum aos dois projetos, a adoção de um cockpit totalmente novo, do tipo "Full Glass", composto por telas digitais e compatível com o emprego de Óculos de Visão Noturna (NVG), mais capacidade de carga, melhor desempenho e a extensão da vidá útil para mais 25 anos de uso. Outro programa que está em sua fase final é o HX-BR, restando poucas unidades para serem entregues, da cota de 15 aparelhos HM-4 Jaguar, destinados ao Exército Brasileiro.

Quanto aos quatro Sikorsky UH-60L Black Hawk (HM-2) e oito Airbus Helicopters AS-532UE Cougar (HM-3), esses modelos serão desativados dentro de pouco tempo e substituídos por 12 UH-60M Black Hawk, novos de fábrica, versão mais moderna deste aparelho. O processo de aquisição está em curso e em breve deverá ser realizada a assinatura do contrato. Com a chegada destes helicópteros, prevista para começar já no próximo ano, espera-se uma reorganização dos meios aéreos do Exército e um incremento na frota do recém-criado Destacamento de Aviação do Exército, em Belém/PA, transformando-o no 5º Batalhão de Aviação do Exército (5º BAvEx). Um outro campo que começa a ganhar atenção do Alto-Comando é a utilização de Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP). Desde 2022, o Exército vem testando esses equipamentos e formulando uma doutrina de emprego para uso futuro em missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR), assim como versões armadas, de maior porte, autonomia e capacidade de carga, para a função de Ataque.



Agora que você conheceu um pouco sobre a história, a estrutura e as aeronaves utilizadas pela Aviação do Exército, chegou a vez das suas Unidades Aéreas. Assim como os 41 Esquadrões da Força Aérea Brasileira e os 11 da Marinha do Brasil, apresentados neste série de matérias, cada Unidade Aérea do Exército ganhou seu infográfico personalizado, trazendo diversas informações a respeito de cada uma delas.








Se você chegou até aqui, reserve mais alguns minutos para ler estes dois últimos parágrafos. Com esta matéria, encerra-se o conteúdo sobre a Heráldica associada aos Emblemas das Unidades Aéreas de nossa Aviação Militar. O conjunto compreendeu dez capítulos, apresentando aos leitores do site Aviação em Floripa, esse fascinante universo pouco explorado e divulgado pela mídia especializada brasileira. Ao todo, 58 Unidades Aéreas da Força Aérea Brasileira, Marinha do Brasil e Exército Brasileiro passaram pelas nossas páginas, trazendo diversas informações (algumas inéditas ou desconhecidas do grande público) e curiosidades sobre cada uma delas, além é claro, dos seus Emblemas e Escudos. Um guia completo, atualizado e uma fonte de referências sobre essa temática, disponível a partir de agora, a qualquer tempo e hora, para consultas ou simplesmente para a leitura casual ou entretenimento.

Reunir todo esse material não foi uma tarefa fácil. Foram meses dedicados em pesquisas na Internet, contatos telefônicos e por mensagens eletrônicas com as Organizações Militares responsáveis pelo Patrimônio Histórico de nossas Forças Armadas ou com as Comunicações Sociais das próprias Unidades Aéreas, em busca das imagens e informações que faltavam para a conclusão do trabalho. Outro ponto fundamental e que merece ser destacado, foi o auxílio e incentivo recebido de amigos e admiradores do site, ao longo de toda a jornada de pouco mais de um ano, entre a publicação da primeira matéria e esta, que encerra a série. Cabe ressaltar que em 2021, houve uma tentativa para lançar este conteúdo, entretanto, naquela época, ainda haviam muitas lacunas a serem preenchidas e faltava experiência e conhecimento na diagramação e produção de infográficos e de outros conteúdos visuais. Tudo isso foi superado com muito empenho, criatividade e força de vontade. É com grande orgulho e satisfação que entrego todo esse material aos nossos leitores. Por fim, fica aqui registrado o mais sincero agradecimento a todos que de alguma forma, ajudaram na realização deste trabalho.

7 comentários:

Pedro B S Filho disse...

Bom dia (com empolgação). Matéria de altíssimo nível. Todo esse material é pra encadernar e guardar com muito zelo.
Parabéns por mais um trabalho de excelente qualidade.

Aparecido Camazano Alamino disse...

Excelente e esclarecedora abordagem desse tema tão pouco conhecido. Parabéns e obrigado por elevar o nosso conhecimento.

sergio m. borba disse...

Muito legal as informações trazidas, principalmente mostrando os pioneiros na aviação nascidos no século 19. Resumindo, mais uma brilhante reportagem digno das famosas enciclopédias Barsa.

Nilton disse...

Parabéns Marcelo mais um excelente trabalho um abraço.abs Nilton

Anônimo disse...

Espetacular! A gente sente o carinho e a dedicação pelo trabalho. Parabéns.

Caroline Dezotti disse...

Linda matéria!!!

Anônimo disse...

Bom dia, Amigo Marcelo. Só hoje consegui acessar, estava com problema no NB. Muito legal toda a Matéria sobre assunto tão interessante. Abraços Geraldo.



matériauito legal

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