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terça-feira, 9 de julho de 2024

Os Emblemas das Unidades Aéreas da Aviação do Exército

 

A Aviação Militar não é fascinante apenas pelas suas aeronaves e as missões que cumprem em tempos de paz ou de guerra, controlando, defendendo e integrando territórios e céus, através de suas mais diversas funções e tarefas, seja na Caça, Ataque, Transporte, Reconhecimento, Asas Rotativas, Patrulha Marítima, Busca e Salvamento, Treinamento, dentre tantas outras. A ideia de utilizar símbolos para representar e identificar grupos ou exércitos no campo de batalha ganhou notoriedade na Idade Média e permanece sendo utilizada até os dias atuais. Inserida nas forças militares, a Aviação não é diferente, com as cores e formas dos Emblemas das Unidades Aéreas, estampando as fuselagens das aeronaves ou os trajes de voo das tripulações. Esses Distintivos ou Escudos e os elementos impressos em cada um deles, contam muito sobre a própria história dos Esquadrões ou as tarefas e atividades que realizam. Para tratar desse assunto pouco explorado e difundido, o site Aviação em Floripa preparou um conjunto de conteúdos, trazendo aos seus leitores, esse fantástico universo. Aqui você vai encontrar um guia atualizado, mostrando as Unidades Aéreas pertencentes aos três braços aéreos das Forças Armadas brasileiras, suas aeronaves, os Emblemas e seus significados, além de muitos detalhes e informações a respeito de cada uma delas, tudo reunido em infográficos exclusivos e individuais, além de outros componentes visuais especialmente elaborados para esta matéria. Boa leitura!

Nota Editorial: Se você perdeu a introdução a esta temática, referente à Heráldica na Aviação Militar brasileira e os conteúdos anteriormente publicados ou, simplesmente quer revisitá-los, basta clicar sobre os banners abaixo:











A Aviação do Exército nos moldes atuais, é herdeira direta do legado e das tradições deixadas pela Aviação Militar, criada em 1919, apenas três anos após a Aviação Naval iniciar suas atividades, dividindo com a Marinha, a primazia na implantação de uma Arma Aérea orgânica e na criação de Escolas de Aviação, permitindo a formação dos primeiros pilotos militares em nosso país. Entretanto, a utilização de meios aéreos por parte do Exército Brasileiro é bem mais antiga e remonta à época da Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), através do emprego militar inédito na América Latina de balões cativos (presos ao solo por cordas), para observação da posição e movimentação das tropas inimigas no terreno, uma inovação estratégica para a época. 

Encerrando com chave de ouro esta série de matérias que aborda as Unidades Aéreas da Aviação Militar brasileira, chegou a vez do componente aéreo do Exército Brasileiro, recriado em 1986, uma força jovem, porém moderna, bem treinada e com grande poder de mobilidade. Ao longo de sua história, pautada por três fases distintas (veja infográfico abaixo), as asas verde-oliva, desde o início, distinguiram-se por seu pioneirismo e excelência, consolidando-se como um elemento fundamental, sempre presente e atuante junto à Força Terrestre, projetando-a na Terceira Dimensão. Conheça a partir de agora, através de conteúdos visuais exclusivos e especialmente elaborados para esta matéria, a história, os personagens, as aeronaves, a estrutura, os Emblemas e as Unidades Aéreas da Aviação do Exército.



Decorridas quase quatro décadas da recriação da Aviação do Exército (AvEx), atualmente os seus meios aéreos encontram-se distribuídos em seis Unidades Aéreas, alocadas em diferentes pontos do território nacional. O grande polo é Taubaté, cidade do interior paulista com mais de 300 mil habitantes, situada na região do Vale do Paraíba, local escolhido como o berço da Aviação do Exército em seu renascimento. O Forte Ricardo Kirk, onde se encontra a Base Aérea de Taubaté (BAvT), concentra em suas instalações e hangares, boa parte da estrutura atual da Aviação do Exército, incluindo os 1º e 2º Batalhões de Aviação do Exército (BAvEx), o Centro de Instrução de Aviação do Exército (CIAvEx), responsável pela formação (teórica e prática) ou especialização, de todo o pessoal ligado à atividade aérea, sejam Pilotos, Mecânicos, Controladores de Voo, Observadores Aéreos, entre outras funções. Além dessas três Organizações Militares, diretamente envolvidas com o voo, Taubaté reúne ainda outras Unidades que dão suporte às operações da Aviação do Exército, entre elas, um Batalhão de Manutenção e Suprimentos, uma Companhia de Comunicações, além de sediar o próprio Comando da Aviação do Exército. Fechando o componente aéreo, outras três Unidades operadoras de helicópteros estão sediadas em Campo Grande/MS, Manaus/AM e Belém/PA.


A Aviação do Exército é um dos pilares da chamada Força de Ação Rápida do Exército Brasileiro, reunindo Organizações Militares das suas diferentes Armas, estrategicamente distribuídas pelo país e capazes de serem desdobradas rapidamente e atuar em qualquer localidade do território nacional em curto espaço de tempo. Dentro desse conceito, as Unidades Aéreas devem estar aptas e capacitadas a fornecer aeromobilidade à Força Terrestre, essa é a principal missão da Aviação do Exército. Toda a doutrina de emprego é focada nesta importante atividade. O infográfico abaixo, apresenta aos nossos leitores, a estrutura atual das Organizações Militares da Aviação do Exército diretamente envolvidas com a atividade aérea em suas diferentes áreas de atuação. Importante dizer que as três Unidades Aéreas fora de Taubaté, estão subordinadas aos seus respectivos Comandos Militares, atuando cada qual dentro de suas áreas de jurisdição, porém, por operarem meios aéreos, guardam vinculação com o Comando da Aviação do Exército, podendo ser empregadas ou acionadas em apoio a este.


A ponta da lança da Aviação do Exército é formada por cinco modelos distintos de helicópteros, quatro deles, de origem francesa (HA-1A Fennec, HM-1A Pantera, HM-3 Cougar e HM-4 Jaguar) e o outro (HM-2 Black Hawk), de fabricação estadunidense. Além de atuar na formação dos futuros Pilotos do Exército, dentro da premissa da aeromobilidade, essas aeronaves realizam uma ampla gama de missões, incluindo Transporte de tropa e cargas, Reconhecimento, Ataque, Evacuação Aeromédica (EVAM), Busca e Salvamento (SAR), Busca e Salvamento em Combate (C-SAR), Comando e Controle, Operações Especiais, Ligação e Observação e Emprego Geral, prestando ainda apoio à população, em situações de calamidade pública, por exemplo. O Exército designa suas aeronaves com um sistema composto por duas letras (a primeira ligada ao tipo e a segunda, à missão) além de uma numeração sequencial, de acordo com a entrada em serviço de cada modelo. Até o momento, existem duas denominações distintas, uma para a função de Reconhecimento e Ataque (HA-) e a outra englobando as demais (HM-), reunidas sob o nome de Helicóptero de Manobra. Interessante notar que os helicópteros destinados à Instrução Aérea, não utilizam uma designação específica, pois podem ser empregados também como vetores de combate, caso haja necessidade.

Dentro das Unidades Aéreas, os helicópteros são divididos em Esquadrilhas, recebendo as denominações de EHI (Esquadrilha de Helicópteros de Instrução), EHRA (Esquadrilha de Helicópteros de Reconhecimento e Ataque) e EHEG (Esquadrilha de Helicópteros de Emprego Geral). A estrutura de cada Unidade conta ainda com uma Esquadrilha de Manutenção e Serviços (EMS), responsável pelos reparos mais simples nas aeronaves, além de uma Esquadrilha de Comando e Apoio (ECAp), voltada para as atividades administrativas.



Todos os helicópteros HA-1 remanescentes dos dois lotes recebidos (HB-350L1 Esquilo e AS-550A2 Fennec), somando 34 unidades, foram modernizados e padronizados para a variante HA-1A. Da mesma forma, a frota de 34 HM-1 Pantera (AS-365K) está sendo elevada para o padrão "K2". O programa encontra-se em fase final, restando poucos exemplares para serem entregues, agora designados como HM-1A. Os trabalhos em ambos os modelos foram realizados nas instalações da Helibras, em Itajubá/MG, uma subsidiária da companhia europeia Airbus Helicopters, fabricante original dos helicópteros. Em comum aos dois projetos, a adoção de um cockpit totalmente novo, do tipo "Full Glass", composto por telas digitais e compatível com o emprego de Óculos de Visão Noturna (NVG), mais capacidade de carga, melhor desempenho e a extensão da vidá útil para mais 25 anos de uso. Outro programa que está em sua fase final é o HX-BR, restando poucas unidades para serem entregues, da cota de 15 aparelhos HM-4 Jaguar, destinados ao Exército Brasileiro.

Quanto aos quatro Sikorsky UH-60L Black Hawk (HM-2) e oito Airbus Helicopters AS-532UE Cougar (HM-3), esses modelos serão desativados dentro de pouco tempo e substituídos por 12 UH-60M Black Hawk, novos de fábrica, versão mais moderna deste aparelho. O processo de aquisição está em curso e em breve deverá ser realizada a assinatura do contrato. Com a chegada destes helicópteros, prevista para começar já no próximo ano, espera-se uma reorganização dos meios aéreos do Exército e um incremento na frota do recém-criado Destacamento de Aviação do Exército, em Belém/PA, transformando-o no 5º Batalhão de Aviação do Exército (5º BAvEx). Um outro campo que começa a ganhar atenção do Alto-Comando é a utilização de Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP). Desde 2022, o Exército vem testando esses equipamentos e formulando uma doutrina de emprego para uso futuro em missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR), assim como versões armadas, de maior porte, autonomia e capacidade de carga, para a função de Ataque.



Agora que você conheceu um pouco sobre a história, a estrutura e as aeronaves utilizadas pela Aviação do Exército, chegou a vez das suas Unidades Aéreas. Assim como os 41 Esquadrões da Força Aérea Brasileira e os 11 da Marinha do Brasil, apresentados neste série de matérias, cada Unidade Aérea do Exército ganhou seu infográfico personalizado, trazendo diversas informações a respeito de cada uma delas.








Se você chegou até aqui, reserve mais alguns minutos para ler estes dois últimos parágrafos. Com esta matéria, encerra-se o conteúdo sobre a Heráldica associada aos Emblemas das Unidades Aéreas de nossa Aviação Militar. O conjunto compreendeu dez capítulos, apresentando aos leitores do site Aviação em Floripa, esse fascinante universo pouco explorado e divulgado pela mídia especializada brasileira. Ao todo, 58 Unidades Aéreas da Força Aérea Brasileira, Marinha do Brasil e Exército Brasileiro passaram pelas nossas páginas, trazendo diversas informações (algumas inéditas ou desconhecidas do grande público) e curiosidades sobre cada uma delas, além é claro, dos seus Emblemas e Escudos. Um guia completo, atualizado e uma fonte de referências sobre essa temática, disponível a partir de agora, a qualquer tempo e hora, para consultas ou simplesmente para a leitura casual ou entretenimento.

Reunir todo esse material não foi uma tarefa fácil. Foram meses dedicados em pesquisas na Internet, contatos telefônicos e por mensagens eletrônicas com as Organizações Militares responsáveis pelo Patrimônio Histórico de nossas Forças Armadas ou com as Comunicações Sociais das próprias Unidades Aéreas, em busca das imagens e informações que faltavam para a conclusão do trabalho. Outro ponto fundamental e que merece ser destacado, foi o auxílio e incentivo recebido de amigos e admiradores do site, ao longo de toda a jornada de pouco mais de um ano, entre a publicação da primeira matéria e esta, que encerra a série. Cabe ressaltar que em 2021, houve uma tentativa para lançar este conteúdo, entretanto, naquela época, ainda haviam muitas lacunas a serem preenchidas e faltava experiência e conhecimento na diagramação e produção de infográficos e de outros conteúdos visuais. Tudo isso foi superado com muito empenho, criatividade e força de vontade. É com grande orgulho e satisfação que entrego todo esse material aos nossos leitores. Por fim, fica aqui registrado o mais sincero agradecimento a todos que de alguma forma, ajudaram na realização deste trabalho.

segunda-feira, 1 de julho de 2024

Os Emblemas das Unidades Aéreas da Aviação Naval - Parte 2: Os Distritais

 


A Aviação Militar não é fascinante apenas pelas suas aeronaves e as missões que cumprem em tempos de paz ou de guerra, controlando, defendendo e integrando territórios e céus, através de suas mais diversas funções e tarefas, seja na Caça, Ataque, Transporte, Reconhecimento, Asas Rotativas, Patrulha Marítima, Busca e Salvamento, Treinamento, dentre tantas outras. A ideia de utilizar símbolos para representar e identificar grupos ou exércitos no campo de batalha ganhou notoriedade na Idade Média e permanece sendo utilizada até os dias atuais. Inserida nas forças militares, a Aviação não é diferente, com as cores e formas dos Emblemas das Unidades Aéreas, estampando as fuselagens das aeronaves ou os trajes de voo das tripulações. Esses Distintivos ou Escudos e os elementos impressos em cada um deles, contam muito sobre a própria história dos Esquadrões ou as tarefas e atividades que realizam. Para tratar desse assunto pouco explorado e difundido, o site Aviação em Floripa preparou um conjunto de conteúdos, trazendo aos seus leitores, esse fantástico universo. Aqui você vai encontrar um guia atualizado, mostrando as Unidades Aéreas pertencentes aos três braços aéreos das Forças Armadas brasileiras, suas aeronaves, os Emblemas e seus significados, além de muitos detalhes e informações a respeito de cada uma delas, tudo reunido em infográficos exclusivos e individuais, além de outros componentes visuais especialmente elaborados para esta matéria. Boa leitura!

Nota Editorial: Se você perdeu a introdução a esta temática, referente à Heráldica na Aviação Militar brasileira e os conteúdos anteriormente publicados ou, simplesmente quer revisitá-los, basta clicar sobre os banners abaixo:









Ao contrário do que muitos imaginam, a Marinha do Brasil não atua apenas sobre as áreas litorâneas e oceânicas, a chamada Amazônia Azul, mas também está presente em todos os pontos do país. O manancial hídrico brasileiro é imenso e diversificado, formado por uma extensa rede de rios e águas interiores, por onde circulam e escoam parte da economia nacional e, em alguns casos, servindo também como limites ou marcos de fronteira com outras nações. Esses elementos por si só, já justificariam a presença da Marinha nessas áreas, entretanto, o trabalho vai muito além de apenas zelar pela nossa Soberania. Assim como o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira tem, respectivamente, os seus Comandos Militares e Comandos Aéreos Regionais, a Marinha possui sua própria divisão do território nacional, através dos Distritos Navais (veja mapa abaixo). Esse modelo tem o objetivo de melhorar a administração e a utilização dos seus efetivos e meios. No total, são nove Distritos Navais, cada um deles, composto por duas ou mais Unidades da Federação e responsáveis pelas atividades da Marinha nessas regiões. Entre as missões realizadas em suas respectivas áreas de jurisdição, estão ações de Patrulha fluvial e costeira, apoio às populações ribeirinhas, Busca e Salvamento (SAR), Esclarecimento Visual, Transporte de Tropa, Evacuação Aeromédica (EVAM), Assistência Cívico-Social, apoio logístico móvel, apoio às Operações Especiais, Transporte administrativo, Escolta e Ataque Aéreo, além de ações conjuntas com o Corpo de Fuzileiros Navais.


Desde o início da década de 60, com a criação da Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA), a Marinha manteve seus Esquadrões concentrados e operando a partir daquele local. Seguindo o exemplo do passado, quando ainda em sua Primeira Fase (1916-1941), a Aviação Naval iniciou a expansão de suas asas para outros pontos do país, em meados dos anos 90, foram criadas as primeiras Unidades Aéreas destinadas a operar de forma descentralizada junto a alguns Distritos Navais, estrategicamente escolhidos para recebê-las, daí advindo o termo "Esquadrão Distrital". 

O embrião dessa iniciativa surgiu em 1979, com o Destacamento Aéreo Embarcado da Flotilha do Amazonas (DAE-FlotAM), em Manaus/AM, para dar suporte às atividades da Marinha na região. Assim, nasceram em ordem cronológica, o Terceiro Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-3, Esquadrão "Tucano", em janeiro de 1994, sediado em Manaus/AM); o Quarto Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-4, Esquadrão "Gavião", em maio de 1995, localizado em Ladário/MS) e; o Quinto Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-5, Esquadrão "Albatroz", em junho de 1998, na cidade de Rio Grande/RS), vinculados respectivamente aos Nono, Sexto e Quinto Distritos Navais, realizando missões de Emprego Geral em suas áreas de abrangência. O perfil das atividades desempenhadas por esses Esquadrões, envolvia uma gama diversificada de tarefas, tais como, participação em Operações conjuntas com o Corpo de Fuzileiros Navais, Patrulha Fluvial, Inspeção de embarcações, Combate ao contrabando e outras atividades ilícitas, Busca e Salvamento (SAR), Esclarecimento Visual, Transporte de Tropa, Evacuação Aeromédica (EVAM), Ligação e Observação, Missões Humanitárias e de Misericórdia, Apoio Logístico, Operações Aéreas Especiais, Reconhecimento Armado e apoio às populações ribeirinhas. 


Em 2019, essas Unidades tiveram as suas designações alteradas, de forma a vincular cada uma delas, diretamente aos seus respectivos Distritos Navais. Dessa forma, o Esquadrão HU-3 tornou-se o Primeiro Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Noroeste (HU-91), o Esquadrão HU-4 passou a operar com o nome de Primeiro Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Oeste (HU-61) e, por sua vez, o Esquadrão HU-5 recebeu a denominação de Primeiro Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Sul (HU-51).  Esse mesmo ano, marcaria ainda, a criação de mais um Esquadrão Distrital, com o objetivo de incrementar a presença da Aviação Naval sobre as extensas áreas da Região Norte do país. Nesse contexto, surgiu o Primeiro Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Norte (HU-41), com sede em Belém/PA e subordinado ao Quarto Distrito Naval. Ao contrário dos outros Esquadrões, todos equipados com o UH-12 Esquilo, o Esquadrão "Hipogrifo", como é denominado, opera com helicópteros de médio porte UH-15 Super Cougar, porém, realizando as mesmas missões dos demais. Conheça a partir de agora, através de infográficos exclusivos, mais informações, detalhes e curiosidades a respeito dos Esquadrões Distritais.





Com esta matéria, encerra-se o conteúdo a respeito da Aviação Naval e de seus onze Esquadrões atualmente em atividade. Em breve, será publicada a parte final da série de matérias exclusivas que o site Aviação em Floripa vem produzindo sobre as Unidades Aéreas da Aviação Militar brasileira, dessa vez, abordando a Aviação do Exército. Aguardem!


sexta-feira, 21 de junho de 2024

Os Emblemas das Unidades Aéreas da Aviação Naval - Parte 1

 


A Aviação Militar não é fascinante apenas pelas suas aeronaves e as missões que cumprem em tempos de paz ou de guerra, controlando, defendendo e integrando territórios e céus, através de suas mais diversas funções e tarefas, seja na Caça, Ataque, Transporte, Reconhecimento, Asas Rotativas, Patrulha Marítima, Busca e Salvamento, Treinamento, dentre tantas outras. A ideia de utilizar símbolos para representar e identificar grupos ou exércitos no campo de batalha ganhou notoriedade na Idade Média e permanece sendo utilizada até os dias atuais. Inserida nas forças militares, a Aviação não é diferente, com as cores e formas dos Emblemas das Unidades Aéreas, estampando as fuselagens das aeronaves ou os trajes de voo das tripulações. Esses Distintivos ou Escudos e os elementos impressos em cada um deles, contam muito sobre a própria história dos Esquadrões ou as tarefas e atividades que realizam. Para tratar desse assunto pouco explorado e difundido, o site Aviação em Floripa preparou um conjunto de conteúdos, trazendo aos seus leitores, esse fantástico universo. Aqui você vai encontrar um guia atualizado, mostrando as Unidades Aéreas pertencentes aos três braços aéreos das Forças Armadas brasileiras, suas aeronaves, os Emblemas e seus significados, além de muitos detalhes e informações a respeito de cada uma delas, tudo reunido em infográficos exclusivos e individuais, além de outros componentes visuais especialmente elaborados para esta matéria. Boa leitura!

Nota Editorial: Se você perdeu a introdução a esta temática, referente à Heráldica na Aviação Militar brasileira e os conteúdos anteriormente publicados ou, simplesmente quer revisitá-los, basta clicar sobre os banners abaixo:








Prover o apoio aéreo aos Comandos Operativos, a fim de contribuir para os diversos empregos do Poder Naval. Com esta missão principal, voam os Esquadrões pertencentes à Aviação Naval da Marinha do Brasil (MB), o próximo assunto da série sobre as Unidades Aéreas da Aviação Militar brasileira. A estrutura atual conta com onze Esquadrões espalhados pelo território nacional, executando uma gama de atividades como Interceptação, Esclarecimento e Ataque contra ameaças aéreas, de superfície ou submarinas, Emprego Geral, Instrução, além de missões de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento.

A principal sede da Aviação Naval é a Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA), localizada na cidade de mesmo nome, no litoral norte do Estado do Rio de Janeiro. Única do tipo no país, abriga em seus hangares e prédios, sete dos onze Esquadrões atualmente operacionais. O local reúne também, boa parte da estrutura da Aviação Naval, incluindo o Comando da Força Aeronaval, o Centro de Instrução Almirante José Maria do Amaral (CIAAN), responsável pela formação teórica dos futuros Aviadores Navais, um Grupo de Manutenção e diversas outras instalações administrativas e de apoio, além de um Museu dedicado a contar e preservar a rica história da Aviação Naval. Quatro outras localidades (Belém/PA, Rio Grande/RS, Ladário/MS e Manaus/AM), possuem Unidades Aéreas, vinculadas cada qual a um Distrito Naval, a forma como a Marinha do Brasil divide o território nacional para uma melhor organização das suas atividades. Outra importante base de operações para as aeronaves da Marinha são os próprios navios da Esquadra Brasileira, ampliando a capacidade de projeção do Poder Naval. Todos os navios e embarcações que dispõem de um convés de voo, estão aptos a receber e operar com a frota de helicópteros da Aviação Naval. Por sua vez, os caças AF-1B/C Falcão, operam exclusivamente a partir de bases terrestres. Já as Aeronaves Remotamente Pilotadas RQ-1 ScanEagle podem ser lançadas e recolhidas, tanto de terra quanto do mar. Conheça a partir de agora, através de infográficos exclusivos e especialmente criados para esta série de matérias, informações, detalhes e curiosidades sobre as Unidades Aéreas da Aviação Naval e seus Emblemas.


De forma a cumprir suas missões constitucionais, a Aviação Naval opera com oito modelos diferentes de aeronaves de Asas Rotativas, Asa Fixa e Remotamente Pilotadas. A Marinha tem uma forma peculiar para designar seus Esquadrões e meios aéreos. As siglas das Unidades Aéreas são semelhantes ao padrão adotado pela Marinha dos Estados Unidos para sua Aviação Naval, formando um conjunto alfanumérico, com a primeira letra indicando o tipo de aeronave, sendo "V" (Avião), "H" (Helicóptero) ou "Q" (Aeronave Remotamente Pilotada); uma segunda letra, classificando a missão: "A" (Esclarecimento e Ataque), "E" (Inteligência, Vigilância e Reconhecimento), "F" (Caça/Interceptação), "I" (Instrução), "S" (Antissubmarino) e "U" (Emprego Geral), além de um número de identificação. Essas mesmas regras, valem para designar os modelos de aeronaves, apenas invertendo a posição, com a função precedendo o tipo. Com relação à numeração, no caso das aeronaves, o padrão segue uma sequência cronológica crescente, dentro de uma mesma função. Assim, por exemplo, o helicóptero UH-15, é o décimo quinto Helicóptero de Emprego Geral a ser utilizado pela Marinha nesse tipo de missão. Importante dizer que as aeronaves de mesmo modelo que apresentam diferentes versões, recebem uma letra adicional ("A", "B", "C" e assim por diante), colocada após a numeração. Os tipos atualmente em atividade e suas respectivas designações são mostrados no infográfico abaixo.



Todas as Unidades Aéreas localizadas em São Pedro da Aldeia são subordinadas ao Comando da Força Aeronaval (ComForAerNav), Organização Militar que tem a missão de prover o apoio aéreo aos Comandos Operativos, a fim de contribuir para os diversos empregos do Poder Naval. Passamos a partir de agora, a apresentar aos nossos leitores, os Esquadrões que compõem essa estrutura. Cada um deles ganhou um infográfico exclusivo, trazendo diversas informações, detalhes e curiosidades. A presente matéria se dedica a mostrar as sete Unidades Aéreas sediadas na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA). Oportunamente, estaremos publicando o conteúdo relativo aos Esquadrões chamados de Distritais.