Kamikaze, em japonês: kami
significando "deus" e kaze, "vento", comumente traduzido
como "vento divino", era o nome dado aos pilotos de aviões japoneses
carregados de explosivos cuja missão era realizar ataques suicidas contra
navios dos Aliados nos momentos finais da campanha do Pacífico na Segunda
Guerra Mundial. O nome oficial era Tokubetsu Kōgekitai (Unidade de Ataque
Especial), também conhecidos pela abreviação Tokkōtai ou Tokkō. As unidades da
marinha eram chamadas de Shinpu Tokubetsu Kõgekitai (Unidade de Ataque Especial
Vento Divino), em alusão à tempestades que salvaram o Japão do ataque mongol em
duas ocasiões (1247 e 1281). O termo "kamikaze" era usado apenas
pelos americanos.
Às
10h47min de 25 de outubro de 1944 ocorreu o primeiro ataque kamikaze, contra o
porta-aviões USS St. Lo. Após 30 minutos, o incêndio atingiu o paiol principal
do navio que se destruiu, causando a morte de 140 militares. No total, cerca
de 2.525 pilotos morreram nesses ataques, causando a morte de 4.900 soldados
aliados e deixando mais de 4 mil feridos. O número de navios afundados entretanto,
é controverso.
Eram dados aos
kamikazes instruções para como procederem, sendo os alvos principais os
porta-aviões. Durante o momento de mergulhar com o avião não deveriam fechar os
olhos, pois poderiam errar o alvo, indo parar na água. No dia do voo fatal,
escreviam poesias, ganhavam um brinde de saquê, levavam a bandeira, amarravam a
hachimaki (faixa) e talvez também
usavam o sennibari (cinto). Em época
de florada carregavam ramos de cerejeira. Ainda levavam uma espada e uma
pistola para o caso de fracassarem e poderem se suicidar. Além do modelo Mitsubishi
A6M Zero, outros aviões foram usados. Algumas vezes obtinham ajuda de escoltas
regulares, mas geralmente tinham de enfrentar os caças estadunidenses que
detectavam seus aviões pelo radar, e tentavam resistir até poder colidir no
convés de um navio.
Durante
toda a guerra apenas 11,6% dos 3,3 mil aviões acertaram o alvo, e 27,5%
retornaram a base (seja por falta de combustível, por não encontrar o inimigo,
pelo mal tempo ou qualquer outro motivo). A partir de julho de 1945 as ações
diminuíram, os kamikazes aguardavam uma possível invasão americana, e
pretendiam afundar cerca de 400 navios em caso de aproximação. A invasão não
ocorreu, mas de fato o planejamento de ataque suicida poderia ter dado certo,
pois os aviões partiriam de um distância mais próxima e os modelos Yokosuka
MXY-7 Ohka movidos a jato em vez de foguete podiam decolar na terra e tinham
maior autonomia. Acompanhe, a partir de agora, uma coleção de fotos, algumas delas dramáticas, mostrando estes destemidos pilotos em ação:
Fontes consultadas:
http://fly.historicwings.com/
http://avionswwii.free.fr/
http://www.ww2shots.com/
http://donmooreswartales.files.wordpress.com/
http://www.mk2pro.com/
http://danieldeubank.files.wordpress.com/
http://www.guns.com/
http://zidbits.com/
http://www.kingsacademy.com/
http://www.usshadley.com/
http://www.wtj.com/
http://www.japanfocus.org/
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