Como parte das atividades operacionais da ASPIRANTEX 2023, o 1º Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque (Esqd.VF-1) da Marinha do Brasil, sediado na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA), no litoral norte do Estado do Rio de Janeiro, deslocou duas de suas aeronaves AF-1 Falcão para Florianópolis, a fim de participar de treinamento em conjunto com os meios navais da Esquadra. Os aviões AF-1B (Matrícula N-1004) e AF-1C (Matrícula N-1021), chegaram na manhã de sábado na capital catarinense e na tarde de ontem, segunda-feira (23/01), partiram para uma missão de ataque simulado contra a Força-Tarefa capitaneada pelo Navio-Aeródromo Multipropósito "Atlântico" e seus navios de escolta. O site Aviação em Floripa acompanhou do pátio da Base Aérea de Florianópolis (BAFL), os preparativos do treinamento e compartilha a partir de agora com seus leitores, a matéria fotográfica a seguir, mostrando detalhes do trabalho desses militares, muitas vezes anônimo e desconhecido do grande público, mas essencial para a manutenção do Poder Naval e para a defesa de nossa Amazônia Azul.
As aeronaves
Os dois AF-1 Falcão (como os jatos McDonnell Douglas A-4KU/TA-4KU Skyhawk são denominados na Marinha) presentes em Florianópolis, fazem parte de um lote de 23 aeronaves adquiridas do Kuwait em 1997, dos quais alguns foram modernizados posteriormente pela Embraer. Os exemplares deslocados para a capital catarinense (um monoposto e o outro biposto), fazem parte destes aviões que receberam uma série de novos equipamentos e tiveram seus sistemas de bordo atualizados, capacitando-os a cumprir suas missões com muito mais eficiência.
Com a modernização, os aviões receberam também novas designações na Marinha, passando os exemplares monopostos (com um único assento) a serem conhecidos como AF-1B Falcão e os bipostos (com espaço para dois tripulantes) como AF-1C Falcão. Essas aeronaves cumprem no seu dia-a-dia, uma série de tarefas em prol da manutenção do Poder Naval e em apoio à Esquadra e à Força de Fuzileiros Navais, atuando principalmente sobre as áreas oceânicas e costeiras, com a responsabilidade de interceptar e atacar alvos aéreos, localizar, acompanhar e atacar alvos de superfície, reconhecimento aéreo, apoio aéreo aproximado e na defesa de nossa Zona Econômica Exclusiva.
Com a desativação do Navio-Aeródromo São Paulo, os aviões passaram a operar unica e exclusivamente de bases terrestres, porém, a permanência na ativa do Esquadrão VF-1 e a modernização de parte de suas aeronaves, contribui para manter viva a doutrina, o espírito e as tradições das operações aéreas embarcadas, assegurando o adestramento de seus pilotos e equipes de solo neste tipo de atividade até que se vislumbre no horizonte, a possibilidade da Marinha voltar a ter novamente uma embarcação que permita as operações de aviões a bordo.
2 comentários:
Belíssimas fotos e texto bem informativo. Parabéns.
Bom dia. Sensacional, como sempre. Abraços. Geraldo.
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