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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Fuerza Aerea Uruguaya: A-37 Dragonfly





Apresentamos a partir de agora, a segunda reportagem sobre as aeronaves da Força Aérea Uruguaia que passaram por Florianópolis a caminho da Base Aérea de Natal (BANT) para participar do Exercício CRUZEX FLIGHT 2013. Nesta matéria, traremos fotos e informações do Cessna A-37 Dragonfly.

O A-37 Dragonfly foi desenvolvido em meados dos anos 60 pela Cessna a partir do jato de treinamento T-37 Tweet, em vista do interesse da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) por uma aeronave leve de ataque e contra-insurgência (COIN), como parte do crescente envolvimento daquele país na Guerra do Vietnã, no sudeste asiático. Os testes de avaliação com o T-37, mostraram que a aeronave tinha potencial para o desenvolvimento de uma versão armada, porém uma série de mudanças eram necessárias, entre elas, o reforço estrutural das asas, a instalação de três suportes para armas (depois aumentado para quatro), maior capacidade de combustível com a instalação de tanques extras nas pontas das asas, aviônica (instrumentos de vôo) mais aperfeiçoada, entre outras. Também foi incorporada uma metralhadora giratória do tipo minigun General Electric GAU-2B/A de 7,62 mm, instalada na parte frontal direita da fuselagem.


Na foto podemos ver claramente a disposição dos quatros suportes para cargas externas sob as asas. Aqui, três deles estão ocupados por tanques suplementares  de combustível.


Todas estas alterações implicaram em um substancial aumento de peso da aeronave, obrigando a substituição dos motores utilizados pelo T-37 Tweet (dois Continental J-69) pelos General Electric J85-J2/5, bem mais potentes. O primeiro protótipo com todas as modificações, recebeu a designação YAT-37D (logo alterada para A-37A e oficialmente batizada de Dragonfly), fazendo seu voo inaugural em outubro de 1964. Embora os testes de voo e o desempenho do novo avião tenham sido favoráveis, a USAF optou por não efetuar uma encomenda da aeronave imediatamente, situação esta que mudou rapidamente com as crescentes perdas de A-1 Skyraider no Vietnã. Assim sendo, em agosto de 1967 um lote de 25 unidades foi enviado ao sudeste asiático para serem avaliados em combate sob o programa de testes chamado de “Combat Dragon”, voando milhares de missões em apoio às tropas em terra, não sendo perdido nenhum A-37 por ação do inimigo.

O sucesso do programa e o emprego em ação no Vietnã motivaram a USAF a encomendar à Cessna uma versão melhorada denominada A-37B, da qual foram adquiridos 127 exemplares. As modificações implantadas foram resultado direto das experiências em combate e as mais significativas foram a substituição do grupo propulsor original por motores J85-GE-17A e a instalação de uma sonda para reabastecimento em voo no nariz da aeronave, de forma a ampliar seu raio de ação. No total foram construídos 577 A-37B, que foram utilizados por um total de 14 Forças Aéreas, principalmente da América Latina e do Sudeste Asiático. Atualmente o A-37 encontra-se em serviço ativo com a Colômbia, El Salvador, Guatemala, Honduras, Peru e Uruguai.


Esta foto frontal permite ver a abertura para a metralhadora General Electric GAU-2B/A de 7,62 mm e a sonda para reabastecimento em voo.


A história dos A-37 na Força Aérea Uruguaia inicia-se em 1976. Entre as aeronaves recebidas originalmente e outras adquiridas ao longo do tempo como reposição, um total de 17 exemplares das versões A-37B/OA-37B fizeram parte da FAU, sendo que destes, atualmente dez encontram-se em serviço ativo. Todos eles são alocados no Esquadrão Aéreo Nº 2 (Caça), subordinado à Brigada Aérea Nº 2, com sede na Base Aérea Tenente Mario W. Parallada, localizada na Província de Durazno. A principal atribuição da Unidade Aérea é o cumprimento de missões de patrulhamento do espaço aéreo uruguaio.

Participando com aeronaves desde a CRUZEX III, realizada em 2006 na Base Aérea de Anápolis (GO), a Força Aérea Uruguaia enviou para a edição deste ano um grupo composto por três A-37, como são denominados na FAU. Os aviões que passaram por Florianópolis eram todas da versão OA-37B e tinham as matrículas FAU 279 (s/n 70-01289 BuNo 43314), FAU 282 (s/n 69-6422 BuNo 43267) e FAU 285 (s/n 69-6430 BuNo 43275). Acompanhe a partir de agora os registros fotográficos feitos durante o período em que as aeronaves permaneceram no pátio da Base Aérea de Florianópolis (BAFL). Para ver fotos da chegada dos A-37, acesse o link abaixo:


























 A presença feminina também já está presente na aviação de combate uruguaia.














Dados Técnicos:

Aeronave: A-37B Dragonfly
Fabricante: Cessna (Estados UUnidos)
Tipo: avião leve de ataque e contra-insurgência (COIN)
Designação na FAU: A-37
Tripulação: Piloto e copiloto ou observador, sentados lado a lado em assentos ejetáveis.
Motores: Dois turbojatos General Electric J85-GE-17A, com 2.850 libras de empuxo, cada.
Comprimento: 8,62 m
Envergadura: 10,93 m (incluindo os tanques das pontas das asas)
Altura: 2,70 m
Peso vazio: 2.817 kg
Peso máximo de decolagem: 6.350 kg
Velocidade máxima: 816 km/h
Velocidade de cruzeiro: 787 km/h
Teto de serviço: 12.730 m
Autonomia de voo: 3 hs
Armamento: Uma metralhadora giratória do tipo minigun General Electric GAU-2B/A de 7.62 mm, montada no nariz e com cadência de tiro de 5.500 a 7.000 tiros por minuto. Oito pontos de fixação sob as asas, podendo transportar até 1.800 kg de cargas externas, entre elas, bombas dos mais variados tipos, lançadores de foguetes, pods com metralhadoras ou canhões e tanques suplementares de combustível.


Fonte: http://richard.ferriere.free.fr/

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