Durante o encerramento da Reunião
da Aviação de Patrulha, realizada na última sexta-feira (22/5), esteve presente
na Base Aérea de Florianópolis (BAFL), uma aeronave C-99A pertencente ao
Primeiro Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (1º/2º GT), o Esquadrão
Condor, sediado na Base Aérea do Galeão (RJ). Com a matrícula FAB 2523, o avião
que fotografamos trouxe autoridades militares e convidados para a solenidade e
é um dos seis que compõe a frota da Unidade Aérea.
O Esquadrão Condor começou suas
atividades no ano de 1959 operando inicialmente com os quadrimotores Douglas
C-54 Skymaster. Os dois primeiros aviões foram recebidos em 13 de abril de 1960
e todo o treinamento das tripulações e mecânicos foi feita na própria Base
Aérea do Galeão com o assessoramento de técnicos da Força Aérea dos Estados
Unidos (USAF). As características do avião, principalmente a capacidade de
transporte de cargas e passageiros e a autonomia, o tornaram uma plataforma
ideal para o Correio Aéreo Nacional (CAN) em suas rotas nacionais e
internacionais, bem como em apoio ao Projeto Rondon, substituindo nessas
missões, uma outra aeronave fabricada pela Douglas, o lendário C-47.
Com a desativação em fins de 1968
dos C-54 Skymaster, a Unidade Aérea passou a receber no ano seguinte os bimotores
turboélices Hawker-Siddeley HS-748 Avro, designados na FAB como C-91 e que
operavam anteriormente com o Grupo de Transporte Especial (GTE), em Brasília
(DF) em missões de apoio à Presidência da República. Com o advento dos seis
aviões, matriculados como FAB 2500 a FAB 2505, o Esquadrão continuou com sua
principal missão de transportar passageiros e cargas em prol do CAN, ampliando
a presença da Força Aérea Brasileira nos voos internacionais para diversos
países do continente americano. A rotineira travessia dos Andes e a grande
envergadura do Avro, levaram as tripulações do 1º/2º GT a adotar o Condor, a
maior ave das Américas, como símbolo da Unidade Aérea e como seu código-rádio,
até hoje utilizado pelo esquadrão.
Emblema do Esquadrão Condor.
Para celebrar os dez anos de operação com o Embraer ERJ-145, marca atingida em 2014, as aeronaves do Esquadrão passaram a exibir um adesivo na fuselagem.
A entrada em serviço dos aviões
britânicos fez o Esquadrão Condor ingressar em uma nova era operacional. A
confiabilidade do avião somada ao esmero e zelo das equipes de manutenção,
permitiram ao 1º/2º GT atingir altíssimos níveis de disponibilidade e a outorga
de diversas premiações nacionais e internacionais de Segurança de Voo. Em 1975
chegaram mais seis aeronaves Avro, desta vez da versão para transporte de
cargas e tropas, denominadas de C-91A e matriculadas de FAB 2506 a 2511. Em 30
de setembro de 2005 a última aeronave C-91A foi retirada de serviço ativo.
Nesta época, seu sucessor já se fazia presente na linha de voo da Base Aérea do
Galeão, o Embraer ERJ-145. Com ele, o Esquadrão Condor ingressava na era do
jato e passaria a alçar voos mais altos.
Atualmente o Esquadrão Condor
opera com seis aviões fabricados pela Embarer do modelo ERJ-145ER, todos
utilizados anteriormente pela extinta companhia aérea Rio-Sul. Todos são
pintados de cinza e empregam a designação militar C-99A, são eles, os FAB 2520 (c/n 145023), ex-PT-SPB; FAB 2521 (c/n 145020), ex-PT-SPA; FAB 2522 (c/n 145027), ex-PT-SPC; FAB 2523 (c/n 145028), ex-PT-SPD; FAB 2524 (c/n 145034), ex-PT-SPF; e FAB 2525 (c/n 145038), ex-PT-SPG. Sob o
lema “Seguro e eficiente nas asas do Condor”, a Unidade Aérea é subordinada
operacionalmente à Quinta Força Aérea (V FAE) e além de atender aos voos do
Correio Aéreo Nacional, realiza missões de transporte de pessoal e carga,
evacuação aeromédica, ressuprimento aéreo, transporte especial da FAB no Brasil
e exterior e apoio às atividades da Marinha, Exército e demais órgão
governamentais.
Nota editorial: Na elaboração do texto desta matéria foram
utilizados os seguintes websites como fontes de referência:
1 comentários:
Bonitas fotos e parabéns pelo texto.
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