A Base Aérea de Florianópolis
(BAFL) está sediando entre os dias 7 e 16 de maio, treinamento com duas
Unidades Aéreas de Asas Rotativas da Força Aérea Brasileira, focado na execução
de missões de tiro aéreo. Estão participando do exercício o Quinto Esquadrão do
Oitavo Grupo de Aviação (5º/8º GAv), o Esquadrão Pantera, sediado em Santa
Maria (RS) e o Sétimo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (7º/8º GAv), o
Esquadrão Harpia, com sede em Manaus (AM), ambos empregando o helicóptero
Sikorsky H-60L Black Hawk. Em apoio ao treinamento, o Clube de Voo a Vela da
Academia da Força Aérea (CVV/AFA), localizado na cidade de Pirassununga (SP),
cedeu um de seus aviões Embraer EMB-202, chamado de Ipanemão, funcionando como
aeronave-reboque do alvo aéreo. O blog Aviação em Floripa esteve na última segunda-feira (11/05) na Base Aérea de Florianópolis e compartilha a partir de
agora com seus leitores, fotos e informações sobre o exercício Helicóptero TA.
Helicóptero H-60L Black Hawk - 5º/8º GAv.
Embraer EMB-202 Ipanemão (G-19A) - CVV/AFA.
O exercício é organizado e
coordenado pela Segunda Força Aérea (II FAe) e tem o objetivo principal de
treinar as tripulações (pilotos e artilheiros) nas técnicas e táticas que
envolvem a prática do tiro aéreo contra outras aeronaves, qualificando-as para
o cumprimento deste tipo de missão. Em tempos de paz, o treinamento possibilita
às Unidades Aéreas realizar de maneira eficaz a salvaguarda de nossas
fronteiras terrestres, de forma a coibir ou dissuadir a entrada em território
nacional de aeronaves ilícitas, trazendo mercadorias contrabandeadas ou
entorpecentes, de acordo com as diretrizes e procedimentos preconizados pela
Lei de Abate brasileira.
Helicópteros H-60L Black Hawk sendo reabastecidos para mais uma surtida. Em situações simuladas ou reais, o treinamento constante é a chave para o sucesso da missão.
Esta não é a primeira vez que a
capital catarinense recebe este tipo de treinamento. Nos últimos anos a Base
Aérea de Florianópolis tem sido palco de diversos exercícios operacionais da
Força Aérea Brasileira. Essa escolha não é aleatória, mas resultado de uma
série de fatores que a qualificam para tal, entre eles, podemos citar o apoio
logístico e a segurança para a operação das aeronaves, a infraestrutura
necessária às atividades dos militares e, principalmente, a proximidade com a
área de exercício, localizada sobre o mar, propiciando uma substancial economia
de tempo e combustível.
Ao longo do tempo a Base Aérea de Florianópolis vem consolidando sua vocação para sediar execícios e operações da Força Aérea Brasileira.
O Esquadrão Pantera, uma das
Unidades Aéreas participantes do treinamento, é um visitante frequente na Base
Aérea de Florianópolis. Assim como os outros esquadrões de helicópteros da FAB,
executa uma gama variada de missões, incluindo Busca e Salvamento, Infiltração
e Exfiltração de tropas, Missões de Misericórdia, Evacuação Aeromédica, Tiro
Aéreo, entre outras. Criado em julho de 1971 e com sede na Base Aérea de Santa
Maria (RS), a Unidade Aérea é pioneira na Força Aérea Brasileira no emprego de
armamento contra outras aeronaves, executando este tipo de missão há mais de 20
anos, quando ainda operava com o lendário helicóptero Bell H-1H, carinhosamente
chamado de “Sapão”. Nesta época, o esquadrão já realizava seu adestramento na
capital catarinense, através das campanhas de tiro anuais denominadas de “Mata
Pato”.
A entrada em serviço do H-60L Black Hawk permitiu um expressivo salto de qualidade na operacionalidade do 5º/8º GAv. O profissionalismo dos integrantes da Unidade somado ao desempenho da máquina tem rendido bons resultados ao esquadrão.
Uma pantera estilizada, animal símbolo da Unidade, fica estampada nas portas que dão acesso à cabine de pilotagem.
Desde 2011 o Esquadrão Pantera
utiliza o Sikorsky H-60L Black Hawk, helicóptero bimotor multimissão de porte
médio e bem mais moderno que seu antecessor. Com aviônica avançada e potência
de sobra, a aeronave permite às tripulações da Unidade Aérea cumprir com mais
eficácia todas as suas atribuições, explorando ao máximo toda a capacidade e
versatilidade do Black Hawk. Para a realização da missão de tiro aéreo, a
aeronave é equipada com uma ou duas metralhadoras giratórias com seis canos, instaladas nas laterais.
A arma fica posicionada nas laterais da aeronave.
Durante o exercício em
Florianópolis, uma típica missão de treinamento envolve a participação de dois
helicópteros e do avião-reboque. Antes mesmo do acionamento das aeronaves no
pátio da Base Aérea, tudo já foi planejado em uma reunião entre todos os
envolvidos, chamada de briefing. Com
todos os detalhes acertados, é hora da ação. Após a decolagem, os helicópteros seguem o avião-reboque até a área de exercício. Lá, de forma coordenada e de acordo com o envelope de emprego do armamento, o avião se posiciona de maneira a permitir o enquadramento e os disparos no alvo, também chamado de biruta, que nada mais é que uma faixa de tecido com tamanho similar ao de uma aeronave de pequeno porte, presa ao avião por um cabo com dezenas de metros de comprimento.
Acompanhe através da sequência de
fotos abaixo, o passo o passo do treinamento. Sempre que necessário incluiremos
legendas às mesmas, de forma a complementar ou fornecer informações adicionais. Nota editorial: Por motivo de
segurança, fotos em que apareçam o rosto ou qualquer forma de identificação dos
participantes da operação, foram propositalmente borrados.
Aeronave-reboque e piloto se preparam para mais uma saída.
As tripulações dos helicópteros também finalizam seus preparativos.
Avião-reboque inicia o táxi.
Junto ao avião segue uma viatura levando o alvo aéreo que será fixado ao mesmo.
Já sobre a pista 03/21 do Aeroporto Internacional Hercílio Luz (FLN/SBFL), o alvo aéreo é preparado para ser engatado ao avião. Observe que ele apresenta as dimensões de uma aeronave de pequeno porte.
Engate sendo inspecionado...
...enquanto isso, o piloto aguarda o final do procedimento.
Alvo aéreo engatado.
Helicópteros decolam da Base Aérea...
...e se posicionam atrás do avião-reboque.
C-97 Brasília taxia em direção à pista principal do Aeroporto Hercílio Luz, ao fundo é possível ver o avião-reboque e os dois helicópteros seguindo para a área de treinamento.
Após cerca de uma hora e meia, as aeronaves retornam. Na foto acima é possível ver o alvo aéreo prestes a ser alijado pelo avião-reboque. Observe o comprimento do cabo.
Rapidamente o alvo aéreo é recolhido pela equipe de apoio e levado para a Base Aérea, onde os acertos serão identificados e marcados, conforme mostram as fotos abaixo, em um alvo já devidamente "castigado" pelos artilheiros dos helicópteros.
Após o voo, é hora dos mecânicos entrarem em cena, inspecionando os helicópteros para a próxima saída.
Helicópteros H-60L Black Hawk alinhados no pátio, prontos para mais uma missão.
Gostaríamos de agradecer à
Comunicação Social da Base Aérea de Florianópolis, ao Esquadrão Pantera, à Segunda Força Aérea (II FAe) e ao
Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) pela oportunidade dada
ao blog Aviação em Floripa em cobrir mais este importante treinamento da Força
Aérea Brasileira. Um especial agradecimento a todos que possibilitaram a nossa
visita, nos acompanharam e prestaram informações para a realização desta
matéria. Abaixo, disponibilizamos mais algumas fotos das aeronaves
participantes do exercício.
1 comentários:
Bacana, excelente as fotos e as informações, grande abraço!
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