Neste e no próximo artigo a
respeito da EXPOAER 2014 da Base Aérea de Canoas, vamos falar um pouco sobre as
duas Unidades Aéreas que lá ficam sediadas, o Quinto Esquadrão de Transporte
Aéreo (5º ETA) e o Primeiro Esquadrão do Décimo Quarto Grupo de Aviação (1º/14º
GAv). Além das fotos que ilustram a matéria, traremos aos nossos leitores algumas
informações sobre estes dois importantes Esquadrões da Força Aérea Brasileira.
Iniciamos esta série com o Esquadrão Pégaso.
O Quinto Esquadrão de Transporte
Aéreo (5º ETA), também conhecido como Esquadrão Pégaso, foi criado em 12 de
maio de 1969 e ativado na Base Aérea de Canoas, no dia 5 de agosto do mesmo
ano. Assim como as outras seis Unidades Aéreas do mesmo tipo em serviço na FAB,
cada uma subordinada a um Comando Aéreo Regional, tem a função de executar missões
de Transporte Aéreo Logístico, Ressuprimento Aéreo, Evacuação Aérea e
Aeromédica, Operações Aerotransportadas, além de missões humanitárias, em
auxílio à população em situações de desastres naturais, apoio a órgãos governamentais e civis, entre outras.
Emblema do Esquadrão Pégaso.
De acordo com a atual estrutura organizacional
da Força Aérea Brasileira, o território brasileiro é dividido em sete Comandos
Aéreos Regionais (COMAR), sendo que para cada um deles, existe um Esquadrão de
Transporte Aéreo, que tem sua área de atuação delimitada pelos Estados da
Federação que compõem cada um dos Comandos Aéreos Regionais. No caso do 5º ETA,
sua jurisdição abrange os três Estados da Região Sul do Brasil (Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul), os quais correspondem à área sob a
responsabilidade do Quinto Comando Aéreo Regional (V COMAR).
O pensamento que norteou este
sistema surgiu em meados dos anos 60, a partir da necessidade de descentralizar
as operações de Transporte Aéreo da Força Aérea Brasileira, na época, sob
responsabilidade do Comando Aéreo de Transporte (COMTA) e que encontrava-se de
maneira concentrada na Base Aérea do Galão, no Rio de Janeiro. Embora os aviões
Douglas C-47 cumprissem bem seu papel partindo daquela Base, a grande expansão
populacional, o desenvolvimento acelerado do país e a implementação de projetos
para a efetiva ocupação do território nacional, sobretudo na região Norte do
país, pediam uma resposta mais rápida e efetiva para suprir as demandas em
muito locais onde só o avião chegava. Assim, distribuir os aviões pelo Brasil
era imperativo.
De forma a cumprir com eficiência
as suas missões, o Esquadrão Pégaso opera atualmente aeronaves do tipo C-95BM
Bandeirante, C-97 Brasília, ambas fabricadas pela Embraer e o C-98A Grand
Caravan, produzido pela estadunidense Cessna. O EMB-110 Bandeirante é um avião
bimotor turboélice projetado pela Embraer no início da década de 70 e amplamente empregado
na Força Aérea Brasileira. Atualmente está passando por um programa de
modernização, incluindo melhorias estruturais além da adoção de um painel de
instrumentos com aviônicos mais modernos e a instalação de telas multifuncionais,
substituindo muitos dos mostradores analógicos, diminuindo sensivelmente a
carga de trabalho da tripulação. O 5º ETA recebeu seu primeiro Bandeirante
modernizado em 5 de março de 2012 e atualmente todos os exemplares do modelo
operados pela Unidade são deste tipo.
De projeto mais recente, o EMB-120
Brasília também é fabricado pela Embraer e é um avião bimotor turboélice, pressurizado
e com capacidade para transportar até 30 passageiros, tendo realizado seu
primeiro voo em 1983. A versão utilizada pelo Esquadrão é a “Advanced ER”,
fabricada a partir da década de 90 e que apresenta um motor mais potente, o
Pratt & Whitney PW-118 com 1800 shp e melhoramentos nos itens de conforto
para a tripulação e passageiros. É utilizado no transporte de passageiros e em
missões de ligação entre a Base Aérea de Canoas e os diversos órgãos que compõem
a Força Aérea Brasileira.
A terceira aeronave que integra a
frota do 5º ETA é o C-98A Grand Caravan. Trata-se de um avião monomotor
turboélice, fabricado pela empresa estadunidense Cessna e um grande sucesso de
vendas, motivadas por sua robustez, confiabilidade, manutenção simples,
facilidade de pilotar e capacidade de operar em pistas não pavimentadas, qualidades
estas que chamaram a atenção da Força Aérea Brasileira, a qual opera os modelos
208 Caravan I (C-98) e 208B Grand Caravan (C-98A). O modelo operado pelo
Esquadrão Pégaso é da versão 208B, com a fuselagem alongada e motor
mais potente.
Ao longo de sua história, o
Esquadrão Pégaso acumulou alguns feitos pioneiros e notáveis, entre eles merece
destaque o desenvolvimento do Sistema Múltiplo de Lançamento de Cargas,
equipamento utilizado nas aeronaves C-95 Bandeirante, através de um trilho adaptado
à porta lateral do avião e que permite o lançamento sequencial de fardos em uma
única passagem. Homologado pelo Centro Técnico Aeroespacial (CTA) em 1994, esta
técnica de lançamento é hoje empregada por outras Unidades Aéreas operadoras
deste modelo de avião na FAB.
Outro destaque do 5º ETA foi
obtido no mesmo ano, quando se tornou o primeiro Esquadrão da FAB a realizar em
sua sede, a manutenção de Nível Parque em suas aeronaves, refletindo o alto
grau de conhecimento e proficiência das suas equipes de manutenção. Também foi
o primeiro Esquadrão de Transporte Aéreo a vencer uma edição da Reunião da
Aviação de Transporte (RAT), em 1996, competição anual que envolve todos os
Esquadrões de Transporte da FAB e que avalia de forma criteriosa a capacidade,
a destreza e o preparo das Unidades Aéreas quanto ao planejamento e execução de
missões de Transporte Aéreo, através do cumprimento de provas terrestres e
aéreas. Tendo como símbolo o mitológico cavalo alado Pégaso, toda a operacionalidade do Esquadrão e o espírito
guerreiro de seus integrantes podem ser medidos pelo seu lema: “Quando a espada
é curta, dá-se um passo a mais”.
Para a realização desta matéria
foram consultadas as seguintes fontes:
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