Entre os dias 27 de abril e 12 de maio, a Base Aérea de Florianópolis (BAFL), está abrigando um dos maiores treinamentos anuais da Força Aérea Brasileira, o EXOP Carranca. O Exercício tem por objetivo adestrar as Unidades Aéreas participantes na execução e no aprimoramento das táticas, técnicas e procedimentos necessários ao cumprimento da Ação de Força Aérea na área de Busca e Salvamento (SAR), em ambientes terrestre e marítimo, além de permitir o intercâmbio e a troca de informações e experiências entre todos os envolvidos. A manobra reúne mais de 200 militares de diversas partes do país. Ao longo do treinamento, vários tipos de cenários estão sendo abordados, aproximando-se ao máximo das situações comumente encontradas nas missões de Busca e Salvamento, através da reprodução de acionamentos SAR recentes ou da recriação de situações mais complexas, nas quais os Esquadrões tiveram maior dificuldade em executar. Esse preparo possibilita que os participantes atinjam um elevado nível de operacionalidade, sendo possível empregá-los quando necessário em missões reais de Busca e Salvamento em todo o território nacional. O nome do exercício é uma homenagem ao Major Médico Carlos Alberto Santos, conhecido entre seus pares pela alcunha de “Carranca”, militar que serviu no Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAv) e no Esquadrão de Salvamento Aeroterrestre (PARA-SAR) em Campo Grande/MS, cuja vida foi marcada pela dedicação e obstinação em salvar vidas.
O Exercício é conduzido pela Base Aérea de Canoas (BACO) e tem a coordenação de dois grandes Comandos da FAB, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e o Comando de Preparo (COMPREP). Estão presentes ao adestramento, as seguintes aeronaves: P-3AM Orion (1º/7º GAv - Santa Cruz/RJ); P-95M Bandeirante Patrulha (2º/7º GAv - Canoas/RS); SC105 Amazonas SAR e H-60 Black Hawk (2º/10º GAv - Campo Grande/MS), além de militares do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS/PARA-SAR), também sediado na capital sul-mato-grossense. Já a parte logística e de apoio às operações aéreas conta com a participação da Diretoria de Busca e Salvamento (DSAR); do Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comando e Controle (1º/1º GCC - Esquadrão Profeta); dos Centros de Coordenação de Salvamento Aéreo (SALVAERO) de Brasília, Curitiba, Recife e Manaus e; do Serviço de Busca e Salvamento da Marinha (SALVAMAR Sul). Toda esta estrutura e os meios desdobrados estão sob o Controle Operacional do Comandante da BACO e Diretor do EXOP Carranca, Coronel Aviador Marcelo Zampier Bussmann, à frente da Operação pelo segundo ano consecutivo.
Na manhã desta terça-feira, 2 de maio, a Direção do Exercício (DIREX), juntamente com o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), promoveram um Media Day, evento organizado para que os veículos de imprensa e mídia especializada pudessem obter mais detalhes sobre o Treinamento. Entre as atividades programadas, acesso à área operacional para o registro de imagens das aeronaves empregadas na Operação e uma visita ao Centro Operacional do Exercício, local onde é realizado o planejamento e a coordenação das missões de Busca e Salvamento. Além disso, houve uma Coletiva de Imprensa com o Diretor do Exercício e Comandante da Base Aérea de Canoas (BACO), Coronel Aviador Marcelo Zampier Bussmann, que forneceu informações gerais sobre o Treinamento.
Durante a conversa com os jornalistas, o Coronel Bussmann, Diretor do Exercício, forneceu detalhes gerais do treinamento, focado exclusivamente no adestramento de missões de Busca e Salvamento, uma das muitas atividades que são de atribuição da Força Aérea Brasileira. Por Acordos Internacionais, o Brasil é responsável por planejar, coordenar e executar as tarefas de busca e resgate em uma área de aproximadamente 22 milhões de km², somando toda a sua área continental e uma grande porção oceânica que se estende muito além do mar territorial brasileiro. Manter as equipes preparadas e bem treinadas é a função principal do EXOP Carranca. Para isso, durante as duas semanas e meia de duração do treinamento em Florianópolis, deverão ser voadas cerca de 400 horas em prol da qualificação e operacionalidade das tripulações e demais envolvidos na Manobra. De acordo com o Coronel Bussmann, as missões simuladas reproduzem fielmente os passos de uma situação real, desde o recebimento da informação do desaparecimento de uma aeronave ou embarcação, passando pelo planejamento e acionamento dos meios aéreos e equipagens, a realização dos padrões de busca e o resgate, propriamente dito. Perguntado sobre a escolha de Florianópolis para realização do Exercício, o militar nos informou que, além do apoio logístico proporcionado pela Base Aérea, a geografia da Ilha de Santa Catarina e região próxima, reúne um conjunto de elementos naturais que permitem a montagem de vários cenários para as equipes de resgate, todos próximos entre si, maximizando o tempo de treinamento.
1 comentários:
Quando o sapão estava em serviço, era uma atração a parte. No ano passado, vc participou de uma manobra, mas este ano, pelo jeito nem deixam chegar perto das aeronaves.
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