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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Espetáculo no Ar: Um show de cores e audácia pelos céus do mundo - Parte 4


Quem nunca viu uma apresentação ou pelo menos ouviu falar da Esquadrilha da Fumaça da Força Aérea Brasileira? Difícil, não é mesmo? Entretanto, o que talvez muitas pessoas não saibam, principalmente aquelas que não vivenciam a Aviação no seu dia-a-dia, é que ter uma Unidade Aérea dedicada a realizar demonstrações aéreas não é exclusividade do Brasil. Muitos países ao redor do mundo mantém um ou até mais esquadrões militares acrobáticos. Considerados verdadeiros Embaixadores dos Céus, fazer parte de uma destas equipes representa uma aspiração e um sonho para muitos pilotos, porém apenas um punhado deles têm a honra de integrar um destes times de elite. Utilizando-se de aeronaves dos mais variados tipos e formas, desde turboélices a potentes supersônicos ou até mesmo helicópteros, apresentando uma diversidade de cores, manobras e número de aeronaves envolvidas, todas têm em comum, talento de sobra e performances arrojadas, encantando o público por onde passam com suas apresentações técnicas e audaciosas.

Embora a atividade acrobática seja quase tão antiga quanto a própria Aviação Militar, as primeiras equipes de demonstração aérea dedicadas surgiram logo após o término da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Muitas das manobras apresentadas ao público nasceram durante os combates aéreos ou fazem parte do treinamento e do cotidiano dos pilotos militares, envolvendo voos em formatura, curvas de alta performance, cruzamentos e manobras acrobáticas dos mais diversos tipos. Cada Unidade Aérea tem sua identidade e uma sequência própria de manobras, que são exaustivamente treinadas para garantir a segurança e a precisão do espetáculo. Além de demonstrar a qualidade da formação de seus pilotos, muitos desses times também representam suas indústrias aeronáuticas nacionais, utilizando aeronaves fabricadas em seus próprios países. Neste quarto artigo desta série de reportagens especialmente desenvolvidas pelo blog Aviação em Floripa, convidamos você a seguir acompanhando os principais Esquadrões de Demonstração Aérea em atividade. Então, continue acomodado em seu lugar porque o show vai prosseguir com novas equipes adentrando o box de apresentação a partir deste momento. Para quem está chegando agora, clique sobre os banners abaixo para acessar de forma rápida os capítulos já publicados.


Capítulo 1

Capítulo 2

Capítulo 3




Fonte: http://fighterplaneworld.com/

Os Midnight Hawks foram oficialmente criados em 1997, entretanto, a acrobacia aérea dentro da Força Aérea Finlandesa (Ilmavoimat, no idioma local) é bem mais antiga e remonta ao ano de 1925 quando formou-se uma equipe de exibição, apelidada de “Circo Voador do Imperador”, em homenagem ao seu comandante, o capitão Väinö “O Imperador” Bremer. A equipe fez sua primeira exibição pública com seus caças franceses Gourdou-Leseurre em Utti durante o verão daquele ano. A tradição do voo de formação continuou após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e tornou-se uma marca registrada do Midnight Sun Airshow anual da Ala Aérea de Treinamento da Força Aérea Finlandesa. Realizado às véspera do verão, originalmente o evento era apenas a festa do Solstício de Verão da Ala Aérea de Treinamento para as famílias, parentes e habitantes da cidade de Kauhava onde a academia estava localizada. As aeronaves utilizadas para as demonstrações aéreas acrobáticas eram sempre aquelas utilizadas para a instrução de voo junto à Ala Aérea de Treinamento, passando ao longo dos anos por Saab Safir, Fouga Magister, Valmet Vinka e o BAe Hawk. Com o passar do tempo o evento cresceu para se tornar o Midnight Sun Airshow and Festival, o maior e mais importante evento aeronáutico do país. Por causa do "Sol da meia-noite", o show aéreo começa por volta das 19h e dura até meia-noite, quando a última exibição é realizada. 

Acostumados a apresentar-se apenas uma vez por ano, os Instrutores de Voo da academia sempre realizaram voos de formatura durante o Midnight Sun Airshow, uma vez que faziam parte do seu programa de treinamento padrão. Eles voavam sem nenhum nome de equipe ou aeronave com pintura especial, simplesmente mostravam suas habilidades e os aviões para os espectadores. Antes apenas restrita ao Midnight Sun, a equipe de exibição da Ala Aérea a partir da década de 90 expandiu suas atividades para outros locais da Finlândia. Já equipada com os jatos BAe Hawk, começou a operar cada vez mais como uma equipe de exibição oficial, embora ainda sem nome ou status como tal. Porém, em 1997 isso mudou às vésperas do maior show aéreo realizado na Finlândia até então, o Oulu International Airshow. A equipe de demonstração da Ala Aérea de Treinamento apresentou-se pela primeira vez como Midnight Hawks e imediatamente o nome se espalhou pelo país e pelo mundo. Desde então a equipe utiliza cinco jatos de treinamento de fabricação britânica BAe Hawk Mk.51, quatro em voo e um como reserva. As aeronaves são pintadas nas cores padrão da Força Aérea Finlandesa e até pouco tempo, as únicas marcações que os diferenciavam dos demais aviões eram os números de 1 a 4 presentes nos estabilizadores verticais. A aeronave sobressalente é sempre codificada como “7”. Em 2017, para celebrar os 100 anos de independência da Rússia, foram adicionadas ao longo da fuselagem e na cauda, faixas nas cores azul e branca, representando a Bandeira do país. Os aviões usam geradores de fumaça branca fixados sob as asas para delinear as manobras. Todos os pilotos são Instrutores de Voo na Academia da Força Aérea junto ao Esquadrão de Treinamento de Caça 41, localizado na Base Aérea de Tikkakoski.

Pinturas e marcações utilizadas ao longo do tempo. Fonte: https://msmodeller.com/

Em 2020, para comemorar os 40 anos de operação do BAe Hawk com a Força Aérea Finlandesa, duas aeronaves dos Midnight Hawks ganharam marcações e pinturas especiais. O avião com a matrícula HW-353 (c/n 312405) recebeu marcações de aniversário no estabilizador vertical. Em dezembro do mesmo ano foi a vez do exemplar HW-340 (c/n 312239) aparecer com um bonito e vistoso esquema de pintura nas cores azul e branca alusivo à data.


BAe Hawk Mk.51 - HW-353. Crédito: Ilmavoimat

Perfil lateral - BAe Hawk Mk.51 - HW-353. Fonte: https://www.modelrectifier.com/

BAe Hawk Mk.51 - HW-340. Crédito: Ilmavoimat


BAe Hawk Mk.51 - HW-340. Fotos: Rich Cooper

BAe Hawk Mk.51 - HW-340. Crédito: Sebastian Viinikainen

Perfis - BAe Hawk Mk.51 (HW-340, c/n 312239). Fonte: https://www.somanyaircraft.com/


Midnight Hawks. Fonte: https://aerobaticteams.net/

Midnight Hawks. Crédito: Mikko H

Midnight Hawks. Crédito: George Karavantos


Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 1. Crédito: Finnish Defense Forces


Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 2. Crédito: Tonkatsu298





Crédito: Alex Maras

A equipe de demonstração da Força Aérea Egípcia "Silver Stars" (Estrelas de Prata, em português), foi formada em 1974 como parte do aniversário de 1 ano da chamada "Guerra de Outubro", contra os israelenses, também conhecida como Conflito do Yom Kippur, ocorrida em outubro de 1973. Os pilotos da equipe eram Instrutores de Voo na Escola de Voo da Força Aérea e a aeronave inicialmente utilizada foram os treinadores de origem tcheca Aero Vodochody L-29 Delfin, pintados nas cores padrão da Força Aérea egípcia, em tons de verde escuro, marrom e areia. Em 1984, a equipe substituiu os L-29 por seis aviões de treinamento Alpha Jet e já no ano seguinte, mais três aviões foram adicionados ao time. No curso de 2003, a equipe mudou novamente de avião, passando agora a voar com o Hongdu K-8E Karakorum, de fabricação chinesa. Com a chegada da nova aeronave, a equipe finalmente ganhou um esquema de pintura próprio baseado nas cores da Bandeira nacional, ou seja, branco, vermelho e preto. Todos os pilotos são Instrutores de Voo na Academia Aérea Egípcia, localizada no Aeroporto de Belbeis. No total são utilizados dez aviões nas exibições, capazes de produzir fumaça nas cores branca, vermelha e azul.

Perfil lateral - Aero Vodochody L-29 Delfin (1974-1984). Fonte: http://wp.scn.ru/

AMD-BA/Dornier Alpha Jet MS1 (1984-2003). https://www.aviationgraphic.com/



Hongdu K-8E Karakorum. Todas as fotos: George Karavantos

Perfis - Hongdu K-8E Karakorum. Fonte: https://aerobaticteams.net/



Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo. Crédito: gvlacom






Crédito: KH Sim

A equipe de exibição acrobática da Força Aérea da República da China (ROCAF) foi formada em 1953 na Base Aérea de Tianan, sob o nome de "Thunder Tigers Technical Flying Corps". No ano seguinte foi realizada a primeira exibição pública, no Dia de Celebração da Força Aérea, voando com quatro aeronaves F-84G Thunderjet (chamado localmente de Thunderbird). Ao longo de sua história operaram com aviões North American F-86 Sabre (1969-1967), Northrop F-5A Freedom Fighter (1967-1975) e Northrop F-5E Tiger II (1975-1988). Em novembro de 1988, a equipe fez a transição para o novo avião de treinamento a jato AIDC AT-3 Tzu Chiang, projetado e construído em Taiwan. Nessa época, os pilotos da equipe eram formados por Instrutores de Voo da Academia da Força Aérea em Tianan. Inicialmente eles voaram com seis aviões, mas no ano seguinte a equipe aumentou para a contagem atual de sete aeronaves. Os "Thunder Tigers" receberam então seu esquema de pintura nas cores branca, azul e vermelha e passaram a usar cores semelhantes para os geradores de fumaça. A atual sede da equipe é junto à Academia da Força Aérea da República da China, localizada na Base Aérea de Kangshan.

North American F-86 Sabre (1959-1967).

Northrop F-5A Freedom Fighter (1967-1975)

Northrop F-5E Tiger II (1975-1988). Todas as fotos: https://aerobaticteams.net/


AIDC TC-3 Tzu Chiang. Crédito: Steven Weng

AIDC TC-3 Tzu Chiang. Fonte: http://www.sbap.be/

Logotipo aplicado em 2011 pelo centenário da República da China. Fonte:  http://www.sbap.be/

Esquema especial de pintura utilizado na aeronave do Líder em 2017. Fonte: http://www.sbap.be/


Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo. Crédito: Tonkatsu298






Crédito: FAB

A história da equipe de demonstração da Força Aérea Brasileira (FAB) começou em 1952, quando Instrutores da antiga Escola de Aeronáutica, localizada no Campo dos Afonsos (RJ), formaram uma equipe de acrobacias "não oficial" com quatro aviões de treinamento de origem estadunidense North American T-6 Texan. A primeira exibição ocorreu em 14 de maio do mesmo ano, na própria Escola. Inicialmente, a equipe não tinha um status oficial e por isso os pilotos tinham que treinar para as apresentações durante suas folgas. Da mesma forma, não existia um nome "oficial", entretanto, em 1953 com a adição de um tanque de óleo exclusivo para a produção de fumaça, ganharam o apelido carinhoso de "Esquadrilha da Fumaça". No ano seguinte, um quinto avião foi acrescentado à equipe que logo em seguida passou a contar com emblema próprio e pintura exclusiva. Com a popularização do time e o aumento das exibições aéreas, em 1963 foi reconhecida como Unidade Oficial de Demonstrações Acrobáticas da Força Aérea Brasileira. Em 1969, a equipe entrou na era do jato com a chegada de sete aviões Fouga Magister, de fabricação francesa (denominadas de T-24 na FAB), pintadas nas cores da Bandeira nacional, verde, amarelo e azul sobre um fundo branco. A nova aeronave no entanto, provou ser de difícil operação por exigir aeródromos com pista pavimentada e uma maior estrutura de apoio. Além disso, a pouca autonomia para as dimensões continentais do país e a crise do petróleo no final da década de 1970 forçaram a FAB a reconsiderar suas opções e assim, após apenas 46 demonstrações com o Magister, a equipe retornou ao seu antigo avião, voando com o T-6 até 1976, quando foi dissolvida.


North American T-6 Texan. Todas as fotos: FAB

Perfil laterais com os diversos esquemas de pintura utilizados pelos North American T-6 Texan ao longo do seu período de utilização com a equipe. Fonte: FAB

Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 1. Crédito: Luis César


Fouga CM-170R Magister (T-24). Todas as fotos: FAB

Esquema de pintura - Fouga CM-170R Magister (T-24). Fonte: https://www.fcm.eti.br/

Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 2. Crédito: Esquadrilha da Fumaça

Alguns anos se passaram e no final da década de 70, na Academia da Força Aérea (AFA) em Pirassununga (SP), a acrobacia com caráter demonstrativo surgiu novamente, ainda que de maneira extra-oficial e por iniciativa própria de Instrutores de Voo da Escola. Chamada de "Cometa Branco", a esquadrilha era composta por aeronaves T-25 Universal, que apresentavam-se com a pintura padrão daqueles aviões na FAB. A primeira exibição ocorreu em 10 de julho de 1980, durante uma cerimônia na Academia da Força Aérea. A esta altura, um novo avião de treinamento estava sendo desenvolvido pela Embraer para a Força Aérea Brasileira e em 21 de outubro de 1982, a "Esquadrilha da Fumaça" foi reativada com o nome oficial de Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), equipada então com as novas aeronaves. Os T-25 voaram em 55 demonstrações até oficialmente serem substituídos pelos T-27 Tucano em 1983. Inicialmente pintados nas cores vermelha e branca, em fevereiro de 2002, no ano de seu cinquentenário, ganharam um novo esquema de pintura nas cores verde, amarela e azul. Com o Tucano, aeronave de fácil operação e com excelente capacidade acrobática, o Esquadrão de Demonstração Aérea se popularizou de vez, ganhando fama dentro e fora do país. Após cerca de três décadas voando com ele, em meados de 2012 iniciou-se a transição para o A-29 Super Tucano, assim como seu antecessor, projetado e fabricado pela Embraer. As cores nacionais continuaram a compor a pintura do novo avião, incluindo o desenho da própria Bandeira Nacional no estabilizador vertical.

Neiva T-25 Universal. Crédito: EDA/FAB

Perfil lateral - Neiva T-25 Universal (1980-1983). Fonte: EDA


Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 3. Crédito: Esquadrilha da Fumaça

Embraer EMB-312 Tucano (T-27). Crédito: Gary Vincent

Embraer EMB-312 Tucano (T-27). Crédito: Guillermo E. Sentis

Perfil lateral - Embraer EMB-312 Tucano, primeiro padrão de pintura (1983-2000). Fonte: EDA

Embraer EMB-312 Tucano (T-27). Crédito: FAB

Embraer EMB-312 Tucano (T-27). Fonte: http://blog.hangar33.com.br/

Perfil lateral - Embraer EMB-312 Tucano, segundo padrão de pintura (2001-2013). Fonte: EDA

Perfis - Embraer EMB-312 Tucano, segundo padrão de pintura (2001-2013). Fonte: https://www.fcm.eti.br/

Evolução histórica dos emblema da Unidade Aérea. Fonte: EDA

O Esquadrão de Demonstração Aérea tem como missões, mostrar o alto grau tecnológico da indústria aeronáutica brasileira e de seus produtos, difundir o profissionalismo dos pilotos e a imagem da Força Aérea Brasileira no Brasil e exterior, além de evocar o sentimento patriótico na população. A equipe é composta por treze pilotos dedicados exclusivamente ao Esquadrão. São no total sete posições de voo, numeradas de 1 a 7, com as seguintes denominações: Líder (Fumaça #1), Ala Direita (Fumaça #2), Ala Esquerda (Fumaça #3), Ferrolho (Fumaça #4), Ala Externa Esquerda (Fumaça #5), Ala Externa Direita (Fumaça #6) e o solista, chamado de Isolado (Fumaça #7). Cada piloto ao ingressar na equipe assume um destes números (cada qual com funções e manobras específicas) e permanece voando na mesma posição durante todo seu período junto ao time. Para tornar-se um "Fumaceiro", como são conhecidos, os candidatos, todos voluntários, devem ser pilotos operacionais da Força Aérea Brasileira, ter pelo menos 1.500 horas de voo, das quais 800 horas como Instrutor de Voo. A aprovação é feita pelos próprios membros da equipe e deve ser unânime. A avaliação é criteriosa e entre outros quesitos, são levados em consideração aspectos psicomotores, experiência de voo, habilidade de pilotagem e a capacidade de trabalhar em grupo e de relacionamento interpessoal. Além dos pilotos, completam o time mais cinco Oficiais de outras especialidades, uma equipe técnica de Graduados, chamados carinhosamente de "Anjos da Guarda", responsáveis por manter em ordem os equipamentos de voo e a manutenção dos aviões, além de pessoal ligado à área administrativa. Todos, a exemplo dos pilotos, são escolhidos pelo Conselho Operacional da Unidade Aérea. Em média, cada piloto permanece por dois anos na equipe, depois desse tempo, retorna para um dos diversos Esquadrões operacionais da Força Aérea Brasileira para seguir sua carreira.

Posições de voo e os atuais integrantes do Esquadrão de Demonstração Aérea. Fonte: EDA






Embraer EMB-314 Super Tucano (A-29). Todas as fotos: FAB

Perfil lateral - Embraer EMB-314 Super Tucano (A-29). Fonte: EDA

Perfis - Embraer EMB-314 Super Tucano (A-29). Fonte: http2.mlstatic.com/



Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 4. Crédito: Esquadrilha da Fumaça


Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 5. Crédito: Esquadrilha da Fumaça


Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 6. Crédito: Dico712





Fonte: https://www.globalaviator.co/

Embora desde o final da década de 50 a atividade acrobática dentro da RAAF já se fizesse presente, o embrião do que viria a se tornar os Roulettes surgiu a partir de uma equipe chamada Telstars, formada em 1963 voando com jatos De Havilland Vampire, depois substituídos por treinadores Aermacchi MB-326H em 1968 e logo após sendo dissolvida. Para comemorar o cinquentenário de criação da Real Força Aérea da Austrália (RAAF) em 1971, surgiu a ideia de uma equipe de exibição para abrilhantar os festejos e assim, em 1970, o novo time foi criado junto à Escola de Voo Central, em East Sale, no Estado de Victoria, utilizando-se dos MB-326H. Nasciam assim os Roulettes, nome inspirado em uma das manobras realizadas pela equipe. Inicialmente voando com quatro Aermacchi MB-326, o número cresceu para cinco aeronaves em 1974 e sete em 1981, até que cortes no orçamento reduziram a equipe para cinco aviões novamente no ano seguinte. No final da década de 1980, as exibições tiveram que ser reduzidas, pois a frota de MB-326 desenvolveu problemas prematuros de fadiga estrutural. Dessa forma, em 1989 os jatos foram substituídos por treinadores turboélices Pilatus PC-9A. A primeira demonstração com as novas aeronaves foi realizada em julho do mesmo ano, mas apenas com dois aviões. A formação completa de cinco aviões fez sua primeira demonstração em dezembro de 1989. Nos próximos meses foi adicionada uma sexta aeronave, completando a composição da equipe.

Aermachi MB-326H. Fonte: https://acesflyinghigh.files.wordpress.com/

Aermachi MB-326H. Crédito: Steve Given

Perfil lateral - MB-326H (1971-1989). Fonte: https://www.hobbyone.com.au/

Pilatus PC-9A. Fonte: https://aerobaticteams.net/

Pilatus PC-9A. Crédito: Shi Siang

Perfil lateral - Pilatus PC-9A (1989-2019). Fonte: http://wp.scn.ru/

Com a chegada dos PC-9, a equipe ganhou uma nova pintura nas cores vermelha, branca e azul, com um grande "R" estilizado no estabilizador vertical juntamente com a figura da constelação do Cruzeiro do Sul (também presente na Bandeira do país). Desde então, a RAAF adotou este esquema de cores (menos a letra "R" e as estrelas) para toda a frota de aeronaves do modelo utilizadas nas missões de treinamento, permitindo que um avião seja trocado dentro ou fora da equipe para equalizar as horas de voo da frota apenas repintando a cauda. Todos os pilotos são Instrutores na Escola Central de Voo e as apresentações da equipe estão organizadas em "temporadas' com duração de seis meses. A maioria dos integrantes voa por três temporadas antes de passar para outras funções ou posições. Um piloto começa com três meses de treinamento acrobático intensivo de formação, começando com manobras relativamente simples realizadas em altitude e progredindo por outras mais complexas e exigentes até chegar nas práticas de exibição completa com seis aeronaves. Somente quando uma rotina é bem executada em altitude, ela é reduzida em etapas graduais até o nível mínimo seguro de 500 pés (150 m). Os pilotos da primeira temporada voam como "Roulettes 2, 3 ou 4", enquanto os pilotos mais experientes voam como "Roulettes 5 e 6". O "Roulette 1" é o Líder da equipe e o "Roulette 7" voa a aeronave reserva e é responsável pelas Relações Públicas. A aeronave atualmente utilizada pela equipe é o Pilatus PC-21, incorporado em 2019.

Pilatus PC-21. Crédito: Motty

Pilatus PC-21. Crédito: Stephen Baldwin

Pilatus PC-21. Crédito: RAAF

Perfis - Pilatus PC-21. Fonte: https://aerobaticteams.net/



Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo1. Crédito: Royal Australian Air Force


Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo2. Crédito: aikiotaru


Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo3. Crédito: Nigel Woolley





Crédito: Chakrit Samithinan

A Blue Phoenix é a equipe acrobática oficial da Real Força Aérea Tailandesa (RTAF), voando com treinadores turboélices Pilatus PC-9 (cinco em voo mais um reserva) pintados nas cores nacionais, azul, branco e vermelho, todos capazes de gerar fumaça na cor branca. O time foi formado no início de 2012 como parte das comemorações pelo centenário da aviação tailandesa e tem sua sede na Base Aérea de Kamphaeng Saen, em Nakhon Pathom. A equipe é parte integrante do Segundo Esquadrão da Escola de Treinamento de Voo e seus pilotos são Instrutores nesta mesma Unidade Aérea, acumulando as duas funções. Os Blue Phoenix são herdeiros das tradições deixadas por outra equipe chamada "Sean Muang", desativada havia alguns anos. O nome Blue Phoenix e seu emblema, fazem referência ao mítico pássaro da mitologia egípcia, simbolizando o renascimento da atividade acrobática no país e a própria Força Aérea tailandesa. 

Pilatus PC-9. Crédito: Chakrit Samithinan

Pilatus PC-9. Crédito: RTAF

Pilatus PC-9. Fonte: https://www.4aviation.nl/

Perfis - Pilatus PC-9. Fonte: https://www.southernskymodels.com.au/




Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 1. Crédito: BluePhoenixTeam


Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 2. Crédito: Tonkatsu298


Continua....


Por onde voamos nesta matéria.


1 comentários:

Unknown disse...

Fantástica matéria...

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