No próximo dia 23 de agosto, a
Aviação Naval da Marinha do Brasil estará completando um século de uma
trajetória pautada pelo pioneirismo e repleta de fatos e personagens marcantes.
Para celebrar a data, o blog Aviação em Floripa brinda seus leitores com esta
matéria especial, onde vamos mostrar um pouco da sua história, das aeronaves
utilizadas e dos Esquadrões e Organizações Militares ligadas a ela. Acima de
tudo, é um tributo aos homens e mulheres que tanto no passado quanto no presente,
voam e fazem voar as máquinas responsáveis por garantir do ar, a nossa soberania
no mar.
Os primórdios (1916-1941):
Eram decorridos quase dez anos
que Alberto Santos Dumont havia alçado voo com seu 14 Bis no Campo de
Bagatelle, em Paris, provando ao mundo que o sonho de voar por meios próprios e
de maneira sustentada não era privilégio apenas dos pássaros. Na Europa, a
Primeira Guerra Mundial estava em curso e o poder aéreo dava seus primeiros
passos, mostrando aos estrategistas o valor do avião como arma de guerra. É
neste cenário que em 23 de agosto de 1916, é criada a Escola de Aviação Naval
(EAvN), situada na Ilha das Enxadas, na cidade do Rio de Janeiro.
Fotos da Escola de Aviação Naval (EAvN) em seus primeiros anos (Foto 1, SDM via Reservaer; Fotos 2 e 3, SDM via naval.com.br; Foto 4, Jorge Kfuri/Aviação Naval via naval.com.br)
Entretanto, pode-se dizer que o
nascimento da Aviação Naval tem sua gênese cinco anos antes, através do
interesse de visionários e entusiastas da aviação como o Primeiro-Tenente Jorge
Henrique Möller. Mesmo sem contar com Escolas de Aviação no Brasil, o jovem
militar da Marinha seguiu para a Europa e obteve seu brevê (licença de voo) pela Escola de
Pilotagem Farman, na França, em 29 de abril de 1911, tornando-se o primeiro
aviador militar brasileiro. Os passos seguintes seriam a implantação de uma
Escola de Aviação em território brasileiro e a aquisição de aeronaves de
instrução, porém, a falta de recursos e a eclosão da Primeira Guerra Mundial
adiaram os planos dos responsáveis pela empreitada.
Primeiro-Tenente Jorge Henrique Möller, o primeiro aviador militar brasileiro. (Foto: Marinha do Brasil)
Com as fabricantes europeias
envolvidas integralmente no fornecimento de aviões para as nações em guerra,
o foco voltou-se para os Estados Unidos. Em maio de 1916 fechou-se negócio com
a Curtiss e assim a Aviação Naval ganhava as suas primeiras aeronaves, três
aerobotes de instrução Curtiss Modelo F. No mesmo ano, mais precisamente em 24
de outubro, formou-se a primeira turma de Aviadores Navais. No ano seguinte, o
acirramento das tensões com o Império Alemão, inclusive com o afundamento de
navios mercantes brasileiros, levou o país a declarar guerra às nações que
compunham a aliança formada pelos Impérios Alemão e Austro-Húngaro. Como
consequência, uma série de medidas foram tomadas em favor dos Países Aliados,
incluindo o envio de pilotos para treinamento militar nos Estados Unidos e
Inglaterra. Ao retornarem ao Brasil, esses oficiais trouxeram além do
treinamento e da experiência adquirida, novos conceitos, técnicas e táticas de
emprego, ajudando a difundir a importância do avião nas operações navais. O
número de aeronaves também teve um acréscimo significativo, passando a Aviação Naval a contar com quase
30 aviões em serviço ativo.
Curtiss Modelo F 1914, o primeiro avião da Aviação Naval brasileira. (Foto: ComForAerNav)
Alguns momentos marcantes e aeronaves utilizadas pela Aviação Naval em sua fase inicial. (Fotos 1 e 2, SDM via naval.com.br; Fotos 3, 4, 5, 6, 7 , 8 e 9, Marinha do Brasil)
As próximas duas décadas
presenciaram a consolidação da Aviação Naval como um elemento fundamental para
a Esquadra e para o desenvolvimento do país. Prova disso, foram os chamados
“raids aéreos”, voos de longa distância entre vários
pontos do território nacional e até mesmo a outros locais da América do Sul,
provando o papel do avião como ferramenta de integração e lançando a semente do
Correio Aéreo da Esquadra e mais tarde, em 1934, do Correio Aéreo Naval.
Durante este período, tanto os aviões da Aviação Naval quanto seus pares da
Aviação Militar, pertencente ao Exército, tomaram parte em apoio ao Governo,
contra várias revoltas e movimentos de insurreição espalhados pelo território
nacional, tais como a Revolução de 30 e a Revolta Constitucionalista de 1932,
entre outros, marcando seu batismo de fogo através do emprego em missões de
reconhecimento, escolta e de ataque contra posições em terra.
Rotas operadas pelo Correio Aéreo da Marinha em 1939. (Marinha do Brasil via naval.com.br)
Nas décadas de 20 e 30 a Aviação Naval ampliou seus horizontes com a criação do Correio Aéreo da Esquadra e do Correio Aéreo Naval. Também teve seu batismo de fogo durante as Revoluções de 30 e Constitucionalista de 32. (Fotos 1, 3, 5 e 6, SDM via naval.com.br; Fotos 2, 4, 7, 8 e 9, Marinha do Brasil)
Com o aumento de aeronaves e a
ampliação das tarefas ligadas à Aviação Naval, a Marinha viu a necessidade
urgente de uma completa reestruturação do seu componente aéreo, a começar pelo
seu outrora berço, a Escola de Aviação Naval, que foi realocada em área
próxima, na Ponta do Galeão, na Ilha do Governador, em 1924. Os voos de
patrulhamento da costa durante a Primeira Guerra Mundial e os raids aéreos mostraram
a necessidade de locais espalhados ao longo do litoral para servir como ponto
de apoio. Assim foram ativados os Centros de Aviação Naval, inicialmente no Rio
de Janeiro/RJ, em Santos/SP e Florianópolis/SC. Outro fato marcante foi a
criação do Comando de Defesa Aérea do Litoral, na cidade do Rio de Janeiro/RJ,
em 18 de novembro de 1922, mais tarde recebendo a denominação de Diretoria de
Aeronáutica da Marinha (DAerM).
A mudança da EAvN para a Ponta do Galão e a criação dos Centros de Aviação Naval marcaram a expansão da Aviação Naval, assim como a aquisição de novas aeronaves. (Fotos 1, 2, 5, 6 e 8, SDM via naval.com.br; Fotos 4 e 9, Marinha do Brasil via Giulliano B. Frassetto; Fotos 3 e 7, Marinha do Brasil)
No início da década de 30, a
Aviação Naval tem seu nome alterado para Corpo de Aviação da Marinha e uma nova
distribuição territorial passou a ser planejada, compreendendo cinco setores:
Norte, Nordeste, Centro, Sul e Sudoeste, com as respectivas sedes nas cidades
de Belém/PA, Natal/RN, Rio de Janeiro/RJ, Florianópolis/SC e Ladário/MT. Novas
aeronaves também foram adquiridas nos Estados Unidos Unidos, Inglaterra e
Itália, destacando-se os Fairey Gordon, Vought O2U-2A Corsair, Martin PM, Savoia-Marchetti
SM-55, Boeing 256 e Waco CSO. Entretanto, em janeiro de 1941, é criado o
Ministério da Aeronáutica e ficou decidido que a Aviação Naval (Marinha) e a
Aviação Militar (Exército) seriam extintas e os meios aéreos e pessoal
encampados pela nova arma aérea, denominada de Força Aérea Brasileira.
Encerra-se assim a primeira fase da Aviação Naval, porém, aqueles que lutaram pela sua implantação e consolidação, não abandonaram o legado deixado pelos seus antecessores, nem desistiram dos seus sonhos e da certeza da presença e importância de um componente aéreo próprio na projeção do poder naval, comprovado durante a Segunda Guerra Mundial, em inúmeras ações e batalhas. Passados pouco mais de dez anos, a necessidade latente e o aprimoramento de uma certa máquina voadora, viriam a equipar a Marinha com suas asas novamente.
Encerra-se assim a primeira fase da Aviação Naval, porém, aqueles que lutaram pela sua implantação e consolidação, não abandonaram o legado deixado pelos seus antecessores, nem desistiram dos seus sonhos e da certeza da presença e importância de um componente aéreo próprio na projeção do poder naval, comprovado durante a Segunda Guerra Mundial, em inúmeras ações e batalhas. Passados pouco mais de dez anos, a necessidade latente e o aprimoramento de uma certa máquina voadora, viriam a equipar a Marinha com suas asas novamente.
O renascimento da Aviação Naval (1952-1965):
Durante o período em que
permaneceu sem o seu componente aéreo, a Marinha nunca deixou de trabalhar para
garantir o direito de voltar a operar suas próprias aeronaves. Conforme descrito no
parágrafo anterior, a Segunda Guerra Mundial mostrou a importância da Aviação
Naval como complemento e ampliação de poder dos meios navais. As necessidades
para a execução de tarefas próprias e inerentes à Marinha começaram a reverter
essa situação e mesmo sem aeronaves, várias ações ganharam forma, sedimentando
a base para seu retorno, entre elas, podemos citar a recriação da Diretoria de
Aeronáutica da Marinha em 1952, a implantação do Centro de Instrução e
Adestramento Aeronaval (CIAAN) em 1955 e do primeiro curso de Observador Aéreo Naval
(OAN), especialidade criada para preparar Oficiais da Marinha para atuarem em
aeronaves da FAB durante operações conjuntas.
Após a Segunda Guerra Mundial, o
helicóptero desenvolveu-se rapidamente. A sua versatilidade de emprego e o fato
de operar em pequenos espaços, fizeram dele um equipamento essencial em várias
marinhas mundo afora. Atenta aos avanços da aviação e buscando uma forma
efetiva de reconquistar os meios aéreos, o curso de OAN foi direcionado
especificamente para as asas rotativas, sendo parte dele cumprida no Brasil e
outra nos Estados Unidos. Mesmo com
alguns atritos e enfrentando resistências, finalmente em 1956 é fechado o
acordo para a compra do Navio Aeródromo HMS Vengeance (rebatizado de A-11 Minas
Gerais) e logo em seguida, os primeiros helicópteros começaram a chegar, na forma
dos britânicos Westland Widgeon e Whirlwind, além de alguns Bell 47
estadunidenses. A formação de pessoal para operá-los também seguia a pleno
vapor, com turmas enviadas para cursos nos Estados Unidos e Inglaterra.
O Navio Aeródromo Ligeiro (NAeL) A-11 Minas Gerais, adquirido em 1956, permitiu à Aviação Naval ganhar experiência na operação embarcada com aeronaves, qualificando e treinando várias gerações de Aviadores Navais neste tipo de situação. (Fotos 1, 7 e 8, MB via naval.com.br; Fotos 2, 3 e 6, Marinha do Brasil; Foto 4, Verolme via defesaaereanaval.com.br, Foto 5, MB via podernaval.com.br; Foto 9, DoD Imagery via naval.com.br)
Em 1961 é ativada a primeira
Unidade Aérea da Aviação Naval em sua nova fase, o Primeiro Esquadrão de
Helicópteros de Emprego Geral (HU-1), abrigando todas as aeronaves adquiridas e
ainda operacionais. Embora a Marinha tivesse intenções em iniciar também a
aquisição e o emprego com aeronaves de asa fixa, estas permaneceram sob uso
exclusivo da Força Aérea Brasileira, inclusive nas operações a bordo do NAeL
Minas Gerais, gerando discussões entre as duas forças. Alguns exemplares de
aviões de instrução Pilatus P.3 e North American T-28 chegaram a ser comprados
e até mesmo um avião de projeto próprio chamado de Fragata, chegou à fase de
protótipo, entretanto, com o objetivo de interromper os constantes
desentendimentos entre FAB e Marinha, em 1965, o Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco
determinou que à Marinha caberia apenas a operação de helicópteros. As
aeronaves de asa fixa passaram para o inventário da FAB, que as operariam a
bordo do Minas Gerais e, em contrapartida, a FAB repassou seus helicópteros
navais para a Marinha. Esta situação de divisão de responsabilidades e de
operação permaneceu inalterada nas próximas três décadas.
Rotores em ação sobre o mar (1965-1998):
Neste período, também chamado de
Terceira Fase da Aviação Naval, novos meios aéreos foram incorporados e novas
Unidades Aéreas foram criadas, tornando a Aviação Naval da Marinha do Brasil,
uma das mais respeitadas e capazes do planeta. Em 1966 é ativada a Base Aérea
Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA), localizada no município de mesmo nome,
situado no norte do Estado do Rio de Janeiro, passando a concentrar toda a
estrutura de instrução e operacional da Aviação Naval. Durante este tempo a força se
profissionalizou, incorporou novas tecnologias, participou de inúmeros
exercícios e operações em conjunto com a Esquadra e com Marinhas amigas,
adquiriu experiência e pacientemente aguardou pelo retorno de seu antigo
anseio, perdido desde 1941.
Com a criação da Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, a Aviação Naval ganha um espaço adequado para seus Esquadrões e atividades. (Foto 1, ComForAerNav; Fotos 2, 3 e 4, Marinha do Brasil via naval.com.br)
A Aviação Naval hoje (1998- ):
Finalmente em 1998, o Presidente
Fernando Henrique Cardoso assinou um decreto permitindo que a Aviação Naval
voltasse a operar suas próprias aeronaves de asa fixa. Prevendo tal
possibilidade e em busca no mercado de um avião capaz de operar embarcado, a
Marinha fechou acordo para a compra de um lote de 23 jatos de ataque McDonnell
Douglas A-4KU, tornando-se o primeiro avião operacional da Aviação Naval desde
sua extinção, em 1941. Com este fato histórico e marcante, tem início a Quarta
e atual fase da Aviação Naval.
Tipos operados atualmente pela Aviação Naval. (Fonte: Marinha do Brasil)
Localização das Unidades da Aviação Naval espalhadas pelo território nacional. (Fonte: naval.com.br)
Navio Aeródromo A-12 São Paulo, Nau Capitânia da Esquadra e principal base de operações da Aviação Naval no mar. (Foto: ComForAerNav)
Com a missão de assegurar o apoio
aéreo adequado ás Operações Navais, a fim de contribuir para a condição de
pleno e pronto emprego do Poder Naval onde e quando for necessário, a Aviação
Naval Brasileira hoje conta, além das Organizações Militares Administrativas e
de Apoio, com nove Esquadrões Operacionais sendo três Distritais. Conheça
abaixo mais detalhes desta estrutura:
A Diretoria de Aeronáutica da
Marinha (DAerM), com sede na cidade do Rio de Janeiro/RJ, foi criada pelo
Decreto n° 15.847, de 18 de Novembro de 1922, com a denominação de Comando da
Defesa Aérea do Litoral, tendo recebido a denominação atual pelo Decreto n°
16.237, de 5 de Dezembro de 1923. Foi posteriormente reorganizada pela Lei n° 1.658,
de 4 de Agosto de 1952 e suas atividades foram inicialmente regulamentadas pelo
Decreto n° 36.327, de 15 de Outubro de 1954. Tem como missão principal, realizar
as atividades normativas, técnicas e gerenciais relacionadas com a Aviação
Naval.
Força Aeronaval (ForAerNav):
Brasão da Força Aeronaval
A história da Força Aeronaval
confunde-se com a própria Aviação Naval, uma vez que é ela que congrega o braço
operacional, composto pelas Unidades Aéreas e pelas Organizações Militares que
as apóiam. Tem como missão, proporcionar o apoio aéreo adequado aos Comandos
Operativos no desempenho de suas tarefas, a fim de contribuir para a realização
de operações navais e operações terrestres de caráter naval. Para cumpri-la,
conta com as seguintes Organizações Administrativas e de Apoio:
Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA):
Brasão da Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia
Criada em 1966 e localizada na
cidade de São Pedro da Aldeia, Estado do Rio de Janeiro, a BAeNSPA é a única
Base Aérea Naval da Marinha do Brasil. Tem como missão, realizar as atividades
administrativas, científicas, técnicas, industriais e tecnológicas relacionadas
à manutenção de aeronaves, equipamentos e componentes de aviação, controle do
tráfego aéreo e prover apoio às Organizações Militares do Complexo Aeronaval,
na área de logística e às atividades aéreas, a fim de contribuir para a pronta
resposta dos meios aéreos destinados ao emprego nas tarefas do Poder Naval.
Dentre as suas inúmeras tarefas,
destacam-se, o provimento de todas as facilidades às Unidades Aéreas e ao
Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval (CIAAN); a execução dos serviços
de manutenção e reparos de 2º e 3º escalões nas aeronaves e equipamentos de
aviação da Marinha do Brasil; a prestação de apoio aos funcionários civis e militares lotados
no Complexo Aeronaval, inclusive seus dependentes, quanto ao pagamento, rancho,
assistência social, jurídica, religiosa, médica e de saúde. A BAeNSPA também é
um órgão de execução e fiscalização do Serviço Militar e ainda dispõe de um
aeródromo militar que, por força da legislação em vigor, funciona como
alternativa para o tráfego da área do Rio de Janeiro.
Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval (CIAAN):
Brasão do Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval
O Centro de Instrução e
Adestramento Aeronaval (CIAAN) está localizado nas dependências da BAeNSPA e
foi criado pelo Decreto nº 37.398, de 27 de maio de 1955. Sua missão é ministrar
cursos de Especialização, Subespecialização e Aperfeiçoamento de Aviação para
Oficiais e Praças, bem como adestrar o pessoal para a operação dos meios aéreos
da Marinha, a fim de capacitá-los para o desempenho das atividades relacionadas
com as operações aeronavais a bordo e em terra. Em dezembro de 2009, teve seu
nome alterado para Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval Almirante
José Maria do Amaral Oliveira.
Centro de Intendência da Marinha em São Pedro da Aldeia (CeIMSPA):
Originário do Depósito Secundário
da Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, criado em maio de 1966, para
estocagem e fornecimento de material de diversas categorias (principalmente sobressalentes de aviação), o então Depósito Naval de São Pedro da Aldeia
(DepNavSPA) foi instituído pela Portaria nº 0285, de maio de 1995 e ativado em 14 de dezembro do mesmo ano.
A alteração de denominação do
DepNavSPA para Centro de Intendência da Marinha em São Pedro da Aldeia
(CeIMSPA) ocorreu por meio da Portaria nº 121/MB, de 11 de abril de 2011,
passando a ter o propósito de contribuir para a prontidão dos meios navais,
aeronavais e de fuzileiros navais, sediados ou em trânsito, bem como dos
estabelecimentos de terra apoiados. Sob o lema: “ABASTECER E APOIAR EM QUALQUER
MOMENTO E LUGAR”, o CeIMSPA desempenha papel importante no provimento da
logística necessária à condução das atividades das Organizações Militares
situadas no Complexo Aeronaval de São Pedro da Aldeia, sejam elas operativas ou
administrativas.
Policlínica Naval de São Pedro da Aldeia (PNSPA):
A Policlínica Naval de São Pedro
da Aldeia, PNSPA foi criada pela Portaria Ministerial nº 117, de 28 de abril de
1999 e ativada em 27/01/2000 e tem a missão de Prover o atendimento de saúde,
nas ações de medicina operativa e pericial, a fim de contribuir para a eficácia
do Sistema de Saúde da Marinha, na área de abrangência do Comando da Força
Aeronaval.
Passamos agora a mostrar aos
nossos leitores, a atual estrutura operacional da Força Aeronaval, composta
pelos cinco Esquadrões de asas rotativas e um de asa fixa, todos tendo como
sede a Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA), além dos três
Esquadrões Distritais, também equipados com helicópteros e subordinados administrativamente
aos Quinto, Sexto e Nono Distritos Navais (DN), respectivamente localizados em
Rio Grande/RS, Ladário/MS e Manaus/AM.
Primeiro Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-1):
Emblema Brasão
Primeira Unidade Aérea operacional
da Marinha do Brasil, foi criado em 1961 e, desde a sua ativação, vem
participando de quase todas as operações aeronavais e situações que exigem a atuação de helicópteros da Marinha. Tem como missão, prover
meios aéreos em apoio às unidades de superfície e de tropa e às demais
Organizações Militares da MB, a fim de contribuir para o cumprimento de suas
missões operativas e atividades administrativas. A sua primeira sede foi na
cidade do Rio de Janeiro, nas antigas instalações do Centro de Instrução e
Adestramento Aeronaval. Em 1965 transferiu-se para a Base Aérea Naval de São
Pedro da Aldeia (BAeNSPA), onde está atualmente.
Alguns dos modelos de helicópteros operados pela HU-1 ao longo de sua história. (Fotos 1, 3, 4, 5 e 6, ComForAerNav; Foto 2, Museu Aerospacial via naval.com.br; Foto 7, Francisco C. P. Neto via naval.com.br; Foto 8, SDGM via naval.com.br; Foto 9, Marinha do Brasil)
Alguns dos modelos de helicópteros operados pela HU-1 ao longo de sua história. (Fotos 1, 3, 4, 5 e 6, ComForAerNav; Foto 2, Museu Aerospacial via naval.com.br; Foto 7, Francisco C. P. Neto via naval.com.br; Foto 8, SDGM via naval.com.br; Foto 9, Marinha do Brasil)
Inicialmente o Esquadrão utilizou
os helicópteros Westland Whirlwind (S-55) que pertenceram ao Destacamento de
Helicópteros do NAeL Minas Gerais e dois Widgeon, empregando depois o Westland Wasp,
Fairchild Hiller e Bell Jet Ranger. Dispõe atualmente de helicópteros Esquilo
Monomotor (UH-12) e Esquilo Bi-Turbina (UH-13), para emprego em missões de
Ligação e Observação, Esclarecimento, Lançamento de Pára-quedistas e de
Mergulhadores de Combate, Transporte de Tropa, Serviços Hidrográficos, Guarda
de aeronaves no NAe São Paulo, Busca e Salvamento (SAR), Missões Humanitárias, Apoio às atividades na Antártica e muitas outras, razão pela qual seu lema traz
a expressão em latim “IN OMNIA PARATUS”,
ou seja, “Preparado para Tudo”.
Na atualidade o Esquadrão HU-1 executa suas variadas missões com as versões monomotor (UH-12) e bimotor (UH-13) do Helibras Esquilo. (Fotos 1, 2, 3, 4 e 7, HU-1; Fotos 5 e 6, ComForAerNav; Foto 8, G. Poggio via naval.com.br; Foto 9, Marinha do Brasil via naval.com.br)
Uma das atribuições mais importantes do Esquadrão HU-1 é o apoio ao Programa Antártico Brasileiro - PROANTAR. (Foto 1, Marinha do Brasil; Fotos 2, 7 e 8, HU-1; Foto 3, Marinha do Brasil via naval.com.br; Fotos 4 e 6, ComForAerNav; Foto 5, HU-1 via naval.com.br)
Na atualidade o Esquadrão HU-1 executa suas variadas missões com as versões monomotor (UH-12) e bimotor (UH-13) do Helibras Esquilo. (Fotos 1, 2, 3, 4 e 7, HU-1; Fotos 5 e 6, ComForAerNav; Foto 8, G. Poggio via naval.com.br; Foto 9, Marinha do Brasil via naval.com.br)
Uma das atribuições mais importantes do Esquadrão HU-1 é o apoio ao Programa Antártico Brasileiro - PROANTAR. (Foto 1, Marinha do Brasil; Fotos 2, 7 e 8, HU-1; Foto 3, Marinha do Brasil via naval.com.br; Fotos 4 e 6, ComForAerNav; Foto 5, HU-1 via naval.com.br)
Segundo Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-2):
Emblema Brasão
O Segundo Esquadrão de
Helicópteros de Emprego Geral (HU-2), também conhecido como Esquadrão Pegasus,
foi criado pelo Decreto nº 93.274, em 18 de setembro de 1986 e ativado em 25 de
fevereiro de 1988, com sede na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia
(BAeNSPA) e tem a missão de aprestar os meios para o cumprimento das tarefas que
lhe são inerentes no âmbito das Operações Navais, a fim de contribuir para o
preparo e aplicação do Poder Naval.
Aeronave UH-14 Super Puma/Cougar. (Todas as fotos: Marinha do Brasil)
O Esquadrão HU-2 desde sua
criação utiliza os helicópteros Eurocopter UH-14 Super Puma e Cougar, estando
capacitado para as mais diversas missões, principalmente o Transporte de cargas
e de tropa, Esclarecimento Aéreo, Lançamento de Pára-quedistas e de
Mergulhadores de Combate, Guarda de aeronaves no NAe São Paulo, Busca e
Salvamento (SAR), Evacuação Aeromédica (EVAM) e Transporte VIP. Sua
versatilidade, força, robustez e segurança originaram o apelido de Pegasus, o
cavalo alado da mitologia, sendo adotado como símbolo do Esquadrão HU-2.
Aeronave UH-15 Super Cougar. (Todas as fotos: Marinha do Brasil)
Como parte do Programa H-XBR, a Marinha do
Brasil recebeu no final de 2010 o primeiro Helibras (Eurocopter) EC725 Super Cougar.
Equipados com dois motores Turbomeca Makila 2A1 com 2.415 shp de potência cada,
torretas FLIR (Forward Looking Infra-Red)
e modernos sistemas de navegação, os EC725 receberam a designação UH-15 e
UH-15A mas mantiveram o nome Super Cougar, devendo substituir gradativamente os
UH-14 Cougar e Super Puma.
Primeiro Esquadrão de Helicópteros de Instrução (HI-1):
Emblema Brasão
O Esquadrão HI-1 foi criado pelo
Aviso nº 0284, de 22 de fevereiro de 1961 e ativado em 27 de junho de 1962. Sua
missão principal é realizar a parte prática de voo do Curso de Aperfeiçoamento
de Aviação para Oficiais, a fim de complementar o ensino teórico ministrado no
Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval (CIAAN) na formação de Oficiais
Aviadores Navais.
No início, o HI-1 contava com apenas
dois helicópteros Bell 47 e seis Hughes 200, adquiridos nos Estados Unidos,
estando subordinado ao CIAAN, na cidade do Rio de Janeiro. Em 1961 o HI-1 foi
transferido para a cidade de São Pedro da Aldeia, deixando de ser subordinado
àquele Centro de Instrução, que ficou responsável apenas pela formação
acadêmica dos aviadores. Em 1963 o HI-1 começou a receber os helicópteros
Hughes 269A para substituir na instrução de voo os antigos Bell 47 e Hughes
200. Em 1974 começaram a chegar os Bell 206B Jet Ranger II, mais modernos e
apropriados para a realização de manobras primárias de instrução de voo em
aeronaves de asas rotativas.
Aeronaves operadas pelo Esquadrão HI-1. (Fotos 1, 2 e 8, ComForAerNav; Fotos 3 e 4, BAeNSPA via naval.com.br; Foto 5, Francisco C. P. Neto via naval.com.br; Foto 6, W. Minuano via naval.com.br; Foto 7, autor desconhecido via naval.com.br; Foto 9, J. C. Mendonça via naval.com.br)
Helicóptero Bell IH-6B Jet Ranger III, empregado atualmente na Instrução dos futuros Aviadores Navais. (Fotos 1, 2, 3, 6 e 7, Marinha do Brasil; Fotos 4 e 9, blog Aviação em Floripa; Foto 5, Juliano Damásio; Foto 8, Robert Dahler)
Fiel ao lema “NÓS ENSINAMOS AOS HOMENS O QUE DEUS LEGOU APENAS AOS PÁSSAROS”, o
Esquadrão Garça, como também é conhecido, além de Oficiais da Marinha do
Brasil, já brevetou dezenas de oficiais de outras Marinhas do continente
sul-americano e também do Exército Brasileiro, sendo responsável pela formação
da primeira turma de aviadores do EB em 22 de maio de 1987, além de preparar o seu
pessoal para a manutenção de suas aeronaves. O HI-1 emprega atualmente os
helicópteros Bell Jet Ranger III (IH-6B), aeronave extremamente versátil,
podendo ser armada com metralhadoras e foguetes e também utilizar um gancho
para transporte de carga externa e um guincho para recolher ou arriar pequenas
cargas.
Primeiro Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque (HA-1):
Emblema Brasão
O Primeiro Esquadrão de
Helicópteros de Esclarecimento e Ataque Antissubmarino foi criado no dia 15 de
maio de 1978, pelo decreto nº 81.660 e ativado em 17 de janeiro de 1979, com a
missão de prover os meios aéreos do sistema de armas das Fragatas classe
Niterói, a fim de ampliar as possibilidades dos sensores de bordo, assim como a
capacidade de reação destes navios. Ao Esquadrão Lince, como também é chamado,
cabe as missões de Esclarecimento, Acompanhamento e Ataque a alvos de
superfície, Designação de alvos além do horizonte (OTHT), Ataques vetorados a
alvos submarinos e ações de guerra eletrônica. As aeronaves do Esquadrão HA-1
podem ser empregadas ainda em várias tarefas secundárias, tais como: Evacuação
Aeromédica, Busca e Salvamento (SAR), Missões Humanitárias, Transporte de
tropa, Levantamento fotográfico, Espotagem de tiro de superfície, Recolhimento
de drones aéreos e torpedos, Apoio à varredura e caça de minas e Operações
Especiais.
Westland Lynx Mk.21 - SAH-11. (Fotos 1, 3, 4 e 8, Westland/Agusta via alide.com.br; Foto 2, Marinha do Brasil; Foto 5, G. Poggio via naval.com.br; Foto 6, Chris Cornwall; Foto 7, NTG Pictures; Foto 9, Jackson Flores Jr. via naval.com.br)
Aeronave Westland AH-11A Super Lynx, operada atualmente pelo Esquadrão HA-1. (Todas as fotos: Marinha do Brasil)
Inicialmente equipado com nove aeronaves
Westland Lynx (SAH-11), em 1995, a Marinha do Brasil substituiu as antigas
aeronaves pelo modelo Westland AH-11A Super Lynx, muito mais capaz. Nove aeronaves novas de fábrica foram adquiridas, recebendo as matrículas N-4001 a N-4009 e as cinco remanescentes do lote inicial foram convertidas ao novo padrão (N-4010 a N-4014). Com a chegada
do novo vetor, a missão do Esquadrão foi ampliada para atender a todos os meios
de superfície com plataforma de pouso da Esquadra. Em função disso e também
pela versatilidade demonstrada pela
aeronave ao longo de vários anos de operação, o Esquadrão Lince, em 20 de
agosto de 1997, teve o seu leque de missões ampliado e alterada a sua
denominação para Primeiro Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque.
O lema da Unidade Aérea vem da frase em latim “INVENERE HOSTEM ET DELERE”, que significa, “Detectar o inimigo e
destruí-lo”.
Primeiro Esquadrão de Helicópteros Antissubmarino (HS-1):
Emblema Brasão
O Primeiro Esquadrão de Helicópteros
Antissubmarino foi criado através do Decreto nº 55.627 de 26 de janeiro de
1965, o mesmo que restringiu à Marinha a utilização apenas de aeronaves de asas
rotativas. Inicialmente alocado na Base Aérea de Santa Cruz/RJ, o HS-1 foi
posteriormente transferido para a Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia
(BAeNSPA).
Aeronaves operadas pelo HS-1 ao longo de sua história (Foto 1, ComForAerNav via naval.com.br; Fotos 2, 3, 4, 5, 8 e 9, Marinha do Brasil; Fotos: 6 e 7, SDGM via naval.com.br)
Aeronaves operadas pelo HS-1 ao longo de sua história (Foto 1, ComForAerNav via naval.com.br; Fotos 2, 3, 4, 5, 8 e 9, Marinha do Brasil; Fotos: 6 e 7, SDGM via naval.com.br)
As primeiras aeronaves do HS-1
foram quatro helicópteros Sikorsky SH-34J Sea Horse, que pertenciam ao Segundo
Esquadrão do Primeiro Grupo de Aviação Embarcado (2º/1º GAE) da FAB. No dia 28
de abril de 1970, a Marinha recebeu quatro Sikorsky SH-3D Sea King,
anteriormente utilizados pela U.S. Navy e matriculados como N-3007, N-3008,
N-3009 e N-3010, passando a operar no NAeL Minas Gerais no mesmo ano. Nos anos seguintes,
chegaram o N-3011 e o N-3012. Em 1984, a Marinha recebeu mais quatro Sea King
fabricados pela empresa italiana Agusta, os quais foram denominados SH-3A,
recebendo as matrículas N-3013, N-3014, N-3015 e N-3016. Em 15 de janeiro de
1987, os SH-3D remanescentes do lote original foram enviados para a Itália e
modernizados pela Agusta, retornando ao HS-1 em maio de 1988. Essas aeronaves
receberam melhoramentos que possibilitaram o uso de mísseis AM-39 Exocet e
passaram a ser designadas SH-3A. Em 13 de maio de 1996, a Marinha recebeu mais
seis aeronaves Sikorsky SH-3 Sea King, também ex-U.S. NAVY. Portavam as
matrículas N-3017, N-3018, N-3019, N-3029, N-3030 e N-3031 e passaram a ser
denominadas SH-3B.
Com a chegada dos MH-16 SeaHawk, os Sea King foram retirados de serviço. O exemplar acima encontra-se preservado no Museu da Aviação Naval, no interior da BAeNSPA.
Para substituir os veteranos Sea
King, então com mais de 40 anos de excelentes serviços prestados, em 2012 a
Marinha recebeu os dois primeiros helicópteros Sikorsky S-70B Seahawk, novos de
fábrica e denominados MH-16 Seahawk. Com a incorporação ao HS-1 no dia 23 de
agosto, os SH-3A e SH-3B começaram a ser desativados. O MH-16 Seahawk operado
pelo HS-1 é uma versão do MH-60R da U.S. NAVY, modificada para realizar tarefas
de detecção, localização, acompanhamento, identificação e ataque a alvos de
superfície (ASuW) e submarinos (ASW). Também
realiza tarefas secundárias, tais como: Evacuação Aeromédica (EVAM), Busca e
Salvamento (SAR), Transporte aéreo logístico, Lançamento de Pára-quedistas,
Infiltração e Exfiltração de Fuzileiros Navais e Mergulhadores de Combate. Seus
equipamentos de missão, aviônicos e sensores são de última geração e podem ser
armados com Metralhadoras Laterais, Torpedos Anti-Submarino e Mísseis
Anti-Navio.
MH-16 SeaHawk. (Todas as fotos: Marinha do Brasil)
MH-16 SeaHawk, o novo vetor do HS-1.
A ingrata missão do Esquadrão,
prover os meios necessários para detectar, localizar, acompanhar e atacar
submarinos e alvos de superfície, a fim de contribuir para a proteção de nossas
Forças Navais (muitas vezes comparada com a tarefa de procurar uma agulha num
palheiro), está estampada no lema da Unidade Aérea: “AD ASTRA PER ASPERA”, uma expressão em latim que significa “É
árduo o caminho para as estrelas”.
Primeiro Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque (VF-1):
Emblema Brasão
O Primeiro Esquadrão de Aviões de
Interceptação e Ataque foi criado em 02 de outubro de 1998, sendo a primeira
Unidade Aérea da Marinha do Brasil a operar aeronaves para a interceptação de
alvos aéreos e ataque a alvos na superfície. Para acomodar as aeronaves,
pessoal e toda a estrutura relacionada à operação do jato, a Base Aérea Naval
de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA) ganhou novos hangares e instalações. A missão
do Esquadrão Falcão, como é conhecido, é executar a defesa aérea da Força Naval
e garantir a superioridade aérea necessária à aplicação do Poder Naval onde e
quando este se fizer necessário.
McDonnell Douglas AF-1/AF-1A Skyhawk (Todas as fotos: Marinha do Brasil)
O Esquadrão VF-1 está equipado
com os famosos e veteranos jatos de ataque McDonnell Douglas A-4KU e TA-4KU
Skyhawk, designados na Marinha do Brasil como AF-1 e AF-1A Falcão. Um lote de
vinte e três aeronaves foi comprado do Kuwait em 1998, sendo vinte monopostos e
três bipostos. As aeronaves chegaram ao Brasil no dia 05 de setembro do mesmo
ano.
12 aviões do Esquadrão VF-1 (9 monopostos e 3 bipostos) estão sendo modernizados pela Embraer. Na foto, o primeiro entregue à Marinha e que infelizmente foi perdido em um acidente no litoral fluminense, no mês passado.
Uma parte dos aviões está sendo
modernizada pela Embraer, recebendo modernos radares ELTA 2032, HUD (Head Up Display), painel de instrumentos
com dois CMFD (Color Multi-Function
Display), HOTAS (Hand On Throttle and
Stick), computadores de bordo para cálculos de navegação e balística, OBOGS
(On Board Oxygen Generation System),
novos sistemas de geração de energia, novos rádios com sistema data-link, RWR (Radar Warning Receiver) e sistemas
inerciais, além de completa revisão nos motores e sistemas associados. O
programa prevê a revitalização e a modernização de doze aeronaves, sendo nove
AF-1 monopostos e três AF-1A bipostos. A primeira aeronave, designada como AF-1B,
foi entregue no dia 26 de maio de 2015.
Terceiro Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-3):
Brasão do HU-3
O 3º Esquadrão de Helicópteros de
Emprego Geral, também chamado de Esquadrão Tucano, foi criado pela Portaria
Ministerial nº 0054 de 31 de janeiro de 1994 e ativado no dia 14 de abril do
mesmo ano, tendo suas origens no Destacamento Aéreo Embarcado da Flotilha do
Amazonas (DAE-FlotAM), criado em 1979, na cidade de Manaus/AM.
A Unidade Aérea iniciou suas
atividades operando com helicópteros Bell UH-6 Jet Ranger II e atualmente
emprega em suas missões, o Helibras UH-12 Esquilo. O Esquadrão Tucano apóia
prioritariamente os navios da Flotilha do Amazonas, participando de operações
ribeirinhas e patrulhas fluviais, realizando missões de Busca e Salvamento
(SAR), Esclarecimento visual, Transporte de tropa, Evacuação Aeromédica (EVAM),
Ligação e Observação, Apoio logístico, Apoio às Operações Especiais,
Reconhecimento armado e Ataque aéreo.
O HU-3 emprega em suas missões, aeronaves UH-12 Esquilo. (Foto 1, MB/CC Heluy via defesaaereanaval.com.br; Fotos 2, 3, 7 e 9, MB via naval.com.br; Foto 4, João V. B. da Silva via spotter.com.br; Foto 5, MB via defesaaereanaval.com.br; Foto 6, Ruy B. Sobrinho via spotter.com.br; Foto 8, André dos Santos Orrico via spotter.com.br)
O HU-3 emprega em suas missões, aeronaves UH-12 Esquilo. (Foto 1, MB/CC Heluy via defesaaereanaval.com.br; Fotos 2, 3, 7 e 9, MB via naval.com.br; Foto 4, João V. B. da Silva via spotter.com.br; Foto 5, MB via defesaaereanaval.com.br; Foto 6, Ruy B. Sobrinho via spotter.com.br; Foto 8, André dos Santos Orrico via spotter.com.br)
Sua missão é prover meios aéreos
em apoio às unidades de superfície e de tropa e às demais Organizações
Militares da Marinha do Brasil, a fim de contribuir para a aplicação do Poder
Naval na área do Comando do Nono Distrito Naval (9º DN) e seu lema é: “SOBRE
RIO, SELVA E MAR... TUCANO!”.
Quarto Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-4):
Brasão do HU-4
O 4º Esquadrão de Helicópteros de
Emprego Geral, Esquadrão Gavião, foi criado pela Portaria Ministerial nº 0292
de 16 de maio de 1995, tendo suas origens no Primeiro Destacamento Aéreo
Embarcado (DAE) situado na Base Fluvial de Ladário, nas margens do Rio
Paraguai, no Mato Grosso do Sul.
O Esquadrão Gavião utiliza os
helicópteros UH-12 Esquilo, apoiando prioritariamente os navios da Flotilha de
Mato Grosso e o Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladário (GptFNLa),
participando de operações ribeirinhas e patrulhas fluviais, realizando missões
de Busca e Salvamento (SAR), Esclarecimento visual, Transporte de tropa,
Evacuação Aeromédica (EVAM), Ligação e Observação, Apoio Logístico, Apoio às
Operações Especiais, Reconhecimento armado e Ataque aéreo.
O HU-4 opera atualmente com aeronaves UH-12 Esquilo. (Foto 1, Hamana T. Rodrigues via spotter.com.br; Foto 2, MB via defesanet.com.br; Fotos 3 e 6, MB via defesaaereanaval.com.br; Foto 4, MB via perolanews.com.br; Fotos 5 e 7, Luciano Porto via spotter.com.br; Foto 8, MB via assuntosmilitares.jor.br; Foto 9, MB via armamentoedefesa.blogspot.com.br)
Sua missão é prover os meios
aéreos em apoio às unidades de superfície e de tropa e, secundariamente às
demais Organizações Militares da Marinha, a fim de contribuir para aplicação do
Poder Naval na área de atuação do Comando do Sexto Distrito Naval (6º DN) e seu
lema é: “GAVIÃO, AS ASAS DA MARINHA NO
PANTANAL”.
Quinto Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-5):
Brasão do HU-5
O 5º Esquadrão de Helicópteros de
Emprego Geral (HU-5), também chamado de Esquadrão Albatroz, foi ativado no dia
25 de junho de 1998, nas antigas instalações da Base de Aviação Naval do Rio
Grande, na Ilha do Terrapleno de Leste na Lagoa dos Patos, Rio Grande do Sul.
O Esquadrão Albatroz utiliza os
helicópteros Helibras UH-12 Esquilo fabricados no Brasil, realizando operações
ribeirinhas e patrulhas fluviais, realizando missões de Busca e Salvamento
(SAR), Esclarecimento visual, Transporte de tropa, Evacuação Aeromédica (EVAM),
Ligação e Observação, Apoio logístico, Apoio às operações especiais,
Reconhecimento armado e Ataque aéreo.
O Esquadrão HU-5 utiliza em suas missões, o UH-12 Esquilo. (Fotos 1, 4 e 6, MB via defesaaereanaval.com.br; Foto 2, MB via naval.com.br; Foto 3, Marinha do Brasil; Fotos 5, 7 e 9, blog Aviação em Floripa; Foto 8, Jones C. Dalazen)
O Esquadrão HU-5 utiliza em suas missões, o UH-12 Esquilo. (Fotos 1, 4 e 6, MB via defesaaereanaval.com.br; Foto 2, MB via naval.com.br; Foto 3, Marinha do Brasil; Fotos 5, 7 e 9, blog Aviação em Floripa; Foto 8, Jones C. Dalazen)
As aeronaves do HU-5 levam na carenagem do motor, um emblema circular com um albatroz sobreposto aos três Estados do Sul do Brasil, área de atuação da Unidade Aérea.
Sua missão é prover os meios
aéreos em apoio às unidades de superfície e de tropa e, secundariamente às
demais Organizações Militares da Marinha, a fim de contribuir para aplicação do
Poder Naval na área de atuação do Comando do Quinto Distrito Naval (5º DN) e
seu lema é: “ALBATROZ, AS ASAS DA
MARINHA NO SUL”.
O futuro
Para ser capaz de cumprir com
eficiência as suas missões constitucionais e manter-se atualizada frente aos
constantes avanços da moderna guerra aérea e naval, uma arena que está sempre
no limiar do desenvolvimento tecnológico, a Aviação Naval brasileira, assim
como os outros setores ligados à Defesa Nacional, passa por um cenário
orçamentário extremamente adverso. Sendo assim, vem procurando otimizar
recursos, priorizando a ponta de lança, capitaneada pela formação, treinamento
e aquisição e/ou modernização de seus vetores.
A incorporação dos novos MH-16
SeaHawk pelo Esquadrão HS-1 e Super Cougar pelo Esquadrão HU-2, além da
modernização dos AF-1/AF-1A pertencentes
ao Esquadrão VF-1, certamente elevarão a sua capacidade operacional. Em breve
os veteranos UH-12/UH-13 Esquilo, que formam a linha de frente dos Esquadrões
de Emprego Geral, assim como as aeronaves Jet Ranger utilizadas na instrução
dos futuros Aviadores Navais precisarão ser substituídas por vetores mais
modernos. A aquisição dos oito Grumman C-1 Trader dos estoques da U.S. Navy e a
sua adaptação para as versões de Alerta Aéreo Antecipado (AEW), Reabastecimento
em Voo (REVO) e Emprego Geral Embarcado (COD) trarão novas capacidades à
Aviação Naval.
No campo dos projetos e demandas
futuras, vislumbra-se para os anos vindouros a reentrada em serviço plena do
NAe São Paulo ou de outro Navio Aeródromo e o desenvolvimento de uma versão
naval do caça sueco multifuncional Saab Gripen (escolhido para equipar nas
próximas décadas a linha de frente das Unidades de Combate da Força Aérea
Brasileira), além de outros programas não diretamente ligados à Aviação Naval,
mas de fundamental importância para a Marinha do Brasil. Os planos são muitos,
porém, o horizonte é nebuloso. A distância entre o que se quer e o que se pode
fazer é imensa e, muitas vezes, projetos têm que ser adiados ou mesmo
cancelados por imposições diversas.
Certo mesmo é que, independente
das adversidades, os integrantes da Aviação Naval brasileira seguirão honrando
as tradições e o legado deixado por aqueles que lutaram para que a Marinha do
Brasil não perdesse suas asas. Da mesma forma, suas aeronaves continuarão a
cruzar os céus diuturnamente, carregando sobre as asas o lendário e glorioso cocar
circular com as cores nacionais, na defesa e salvaguarda da nossa soberania sobre
terras e mares. Ao olharmos para trás e percorrermos todo o caminho trilhado
até os dias atuais, notamos que os valores de dedicação, orgulho e acima de
tudo, de amor à Pátria, permaneceram imutáveis, dando a certeza de que o
futuro, apesar de desconhecido, será promissor. Mas isso é uma história a ser
contada nos próximos cem anos.
Agradecimentos:
Gostaríamos de agradecer à
Assessoria de Comunicação Social do Comando da Força Aeronaval (ComForAerNav),
em especial, à 1Ten (RM2-T) KARLA NATAL de Souza Ellis Ferreira e ao 2SG-AV-EV Adriano Condosval SARDINHA, pelo envio de
informações, contatos, fotos e arquivos de imagens dos brasões e emblemas das Organizações
Militares. Da mesma forma, à 1Ten (RM2-T) CAROLINA Tavares de Oliveira RIBEIRO e ao SO-GR MARCELO Santos, da Divisão de Divulgação do Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Marinha (SIPAAerM) pelo envio do arquivo de imagem contendo o brasão da Diretoria de Aeronáutica da Marinha. Sem esse apoio, a realização desta matéria não teria sido possível.
NOTA EDITORIAL: Para a elaboração do texto, foram utilizados como referência
e fontes de pesquisa, os seguintes websites:
Página Oficial - Comando da
Força Aeronaval:
Página Oficial - Diretoria da Aeronáutica da Marinha:
https://www.mar.mil.br/daerm/
Página Oficial - Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia:
https://www.mar.mil.br/banspa/
Página Oficial - Esqd. HU-1:
https://www.mar.mil.br/ehu-1/
Página Oficial - Esqd. HU-2:
https://www.marinha.mil.br/ehu-2/
Página Oficial - Esqd. HA-1:
https://www.mar.mil.br/eha-1/
História da Aviação Naval
Brasileira:
Asas sobre os mares: a Aviação
Naval Brasileira:
Marinha do Brasil – Esquadrões:
Aviação Naval Brasileira:
3 comentários:
A primmeira foto é do tenente Schör e não do bigodudo Moller.
Belíssimo trabalho.
Abraços.
Prezado Rafael, a foto em questão foi retirada do Flickr Oficial da Marinha, onde a legenda indicava como sendo o primeiro aviador naval. Como não havia lá o nome, supus que a foto seria do Tenente Möller. Deviso ao fato levantado por você e sem ter a confirmação de quem realmente aparece naquela imagem, eu a substitui por outra, esta sim, recebida do Comando da Força Aeronaval com a confirmação do nome. De qualquer forma, obrigado pela informação.
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