A Região Sul do país é o cenário
da Operação Laçador que inicia na próxima segunda-feira (16) e vai até o dia 27
de setembro. No exercício simulado, sob a coordenação do Ministério da Defesa,
militares da Força Aérea Brasileira (FAB), da Marinha do Brasil e do Exército
Brasileiro treinam e simulam situações de conflito. As missões desenvolvidas,
simultaneamente, nos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do
Paraná tem o objetivo de aprimorar a integração entre as Forças Armadas no Sul.
A Laçador também capacita as
tropas das unidades militares do Sul em ações de combate e apoio logístico.
Cerca de 1500 militares da FAB estão envolvidos em atividades de infiltração e
exfiltração aérea, assalto aeroterrestre, ressuprimento aéreo, defesa aérea,
ataque a locais estratégicos, varredura, apoio aéreo aproximado, patrulha
antissubmarino e reconhecimento aéreo. São 64 aeronaves da FAB que participam
do exercício simulado, com o envolvimento da Base Aérea de Canoas (BACO), Base
Aérea de Santa Maria (BASM) e Base Aérea de Florianópolis (BAFL).
A integração entre as Forças
Armadas permeia toda a Operação Laçador. Aeronaves de ataque da FAB fazem a
cobertura de tropas do Exército e as aeronaves P-3AM vão simular a defesa e a
tomada do controle da região marítima com a Marinha do Brasil, no Porto de
Rio Grande. As atividades ocorrerão, inclusive, durante as madrugadas da Região
Sul, em que os militares da Aviação de Transporte da FAB farão treinamentos de
lançamento de paraquedistas da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército
Brasileiro e com o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARASAR). Será
realizada, ainda, uma Ação Cívico-Social (ACISO), na cidade de Nova Santa Rita
(RS).
Conheça algumas missões:
Infiltração aérea – Uma
pequena quantidade de paraquedistas militares é lançada em um determinado
território para prepararem uma Zona de Lançamento, para receber o restante da
tropa paraquedista.
Assalto Aeroterrestre –
Missão em que um grande número de paraquedistas são lançados em uma determinada
área, com o objetivo de tomar a posição de inimigo. Normalmente, é realizado na
luminosidade baixa ao nascer do dia. O objetivo é surpreender e tomar a área
inimiga.
Ressuprimento aéreo –
Cargas são lançadas dos aviões em pleno voo e, com o uso de paraquedas, chegam
ao solo em condições de que seu conteúdo seja recuperado pela tropa
paraquedista em solo.
Reabastecimento em voo - As
aeronaves transferem combustível de uma aeronave para outra. A sigla usada
pelos militares para a missão é REVO.
Reconhecimento aéreo –
Nestas missões, as tripulações coleta dados específicos sobre forças inimigas e
áreas sensíveis. O especialista faz a imagem da área, analisa a vulnerabilidade
do local e leva todo o material para que decisões estratégicas possam ser
tomadas pelo comando da operação.
Ataque a locais estratégicos –
As aeronaves atacam locais estratégicos do inimigo com aeronaves a baixa
altura.
Defesa aérea – Os
caças atuam no combate aéreo e fazem a escolta e a proteção às aeronaves de
ataque e de transporte.
Varredura – Caças
fazem uma varredura antes da ação das aeronaves de ataque. Os F-5M, por
exemplo, podem lançar misseis e fazer cobertura radar com o objetivo de
possibilitar o ataque de aeronaves a baixa altura em pontos estratégicos do
inimigo.
Patrulha – As
aeronaves de patrulha realizam missões para detectar possíveis forças inimigas
e, se for necessário, acionam caças para combater os adversários, tanto navios
quanto submarinos.
Apoio aéreo aproximado – Na
missão, as aeronaves E-99 atuam como um radar móvel e acompanha as aeronaves
vigiadas. Os aviões têm radares móveis aeroembarcados, o que é fundamental para
assegurar a leitura radar de todo o espaço aéreo e sobre aeronaves voando a
baixa altura.
Conheça as aeronaves:
F-5EM/FM Tiger II
Foto: Arquivo pessoal
É um caça tático de defesa aérea
e ataque ao solo. O F-5M é extremamente manobrável e rápido, constituindo-se um
excelente avião para combates aéreos.
A-1/RA-1
Foto: Arquivo pessoal
É um avião de ataque
ar-superfície usado para missões de interdição, apoio aéreo aproximado e
reconhecimento aéreo. O AMX é capaz de operar em altas velocidades subsônicas a
baixa altitude, tanto de dia quanto de noite, e se necessário, a partir de
bases pouco equipadas ou com pistas danificadas.
A-29A/B Super Tucano
Foto: Arquivo pessoal
O A-29 Super Tucano é uma
aeronave turboélice de ataque leve e treinamento avançado, que incorpora os
últimos avanços em aviônicos e armamentos.
F-2000C/B Mirage 2000
Foto: Arquivo pessoal
Caça supersônico para defesa
aérea. O Mirage F-2000 pode atingir 2,2 vezes a velocidade do som, que é de
mais de 330 metros por segundo.
P-3AM Orion
Foto: Arquivo pessoal
O P-3AM Orion é uma aeronave de
patrulhamento marítimo de longo alcance e guerra antissubmarino com base em
terra. Os sensores do P-3AM conseguem identificar os rastros na superfície do
mar e, desta forma, identificar a embarcação de origem, mesmo muitas horas
depois da abertura dos tanques. A aereonave pode fotografar o navio infrator e
encaminhar as fotos com um relatório para as autoridades ambientais, por
exemplo, como prova para a aplicação de multas.
P-95A/B Bandeirante Patrulha
Foto: Arquivo pessoal
O P-95 Bandeirante Patrulha,
também conhecido pelo apelido de "Bandeirulha", foi criado a partir
do avião de transporte leve C-95 Bandeirante, e tem como função o patrulhamento
marítimo.
C-130 Hércules
Foto: Arquivo pessoal
É uma aeronave com quatro
turbopropulsores que tem como função principal o transporte aéreo em várias
Forças Armadas em todo o mundo. O Hércules tem capacidade para 88 militares ou
64 paraquedistas. A versão para reabastecimento em voo de caças é o KC-130.
C-105 Amazonas
Foto: Arquivo pessoal
É um bimotor turbo-hélice
desenvolvido para o transporte tático militar e empregado no lançamento de
paraquedistas e carga. A aeronave é a principal responsável pelo suporte logístico na Região
Amazônica. Para as missões de busca e salvamento existe a versão SC-105.
R-99
Foto: Agência Força Aérea (CB Junior)
É uma aeronave de sensoriamento
remoto, capaz de realizar o imageamento cartográfico em altíssima resolução de
objetivos no solo, a grande altitude, havendo ou não densa cobertura natural
por meio de sofisticados sensores que cobrem as variadas faixas do espectro
eletromagnético.
RQ-450
Foto: Agência Força Aérea (Sgt Simo)
O Hermes 450 é um veículo aéreo
não-tripulado de alto desempenho multi-missão que opera em qualquer condição
climática, em períodos de paz ou de conflito, noite/dia, sem a necessidade de
alocar tropas em áreas de risco. O ARP pode permanecer em voo totalmente
carregado por mais de 15 horas realizando as diversas missões de aquisição e
designação de alvo, missões de inteligência, entre outras.
E-99
Foto: Arquivo pessoal
É uma aeronave de alerta
antecipado e controle com capacidade autônoma de vigilância e controle aéreo. É
capaz de prover dados de inteligência sobre aeronaves voando a baixa altura,
sobretudo na Amazônia Brasileira.
H-60 Black Hawk
Foto: Arquivo pessoal
É um helicóptero médio bimotor de
transporte de tropas e carga e assalto.
H-1H
Foto: Arquivo pessoal
Helicóptero destacado para
atividades de busca e salvamento.
Fonte: Agência Força Aérea
O blog Aviação em Floripa estará nestas duas semanas acompanhando a Operação Laçador a partir da Base Aérea de Florianópolis (BAFL) e também de outros locais próximos, com o objetivo de trazer a maior variedade possível de fotos das aeronaves participantes. Da mesma forma, conforme a disponibilidade de informações, estaremos publicando matérias relacionadas com o andamento da manobra.
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