BAe Hawk Mk.132. Crédito: AFP
BAe Hawk Mk.132. Fonte: https://www.straitstimes.com/
BAe Hawk Mk.132. Crédito: IAF
BAe Hawk Mk.132. Crédito: Arjun Sarup
Perfis - BAe Hawk Mk.132. Fonte: https://www.southernskymodels.com.au/
Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo. Crédito: Aviation Wall
Fonte: http://afterburner.com.pl/
A equipe Strizhi (Andorinhas, em russo), também conhecida por seu nome em inglês "Swifts", é um dos dois times oficiais de demonstração da Força Aérea da Rússia. Embora o dia 6 de Maio de 1991 seja oficialmente reconhecido como o aniversário do grupo, as raízes da equipe remontam ao início dos anos 80. Naquela época, logo após a introdução dos jatos MiG-29 na Força Aérea Soviética, nasceu por iniciativa de um grupo de pilotos de combate (ligados ao 234º Regimento de Aviação de Guardas Proskurovsky na Base Aérea de Kubinka, perto de Moscou), a ideia de criar uma equipe de demonstração para realizar exibições de voo, a fim de mostrar as qualidades do novo caça soviético da linha de frente. O Regimento esteve entre as três primeiras unidades de aviação de combate que receberam os caças MiG-29, já em meados de 1983. Três anos depois, foi também a mesma Unidade que apresentou o avião no exterior, quando em setembro de 1986, uma formação de seis aeronaves MiG-29 visitou a Base Aérea finlandesa de Rissala. Portanto, não foi surpresa quando o 234º Regimento foi escolhido para criar uma equipe de demonstração com o avião, voando em intervalos e distâncias de cerca de 3 metros e realizando um complexo conjunto de figuras acrobáticas. Em 1990, os pilotos escolhidos para integrar a equipe começaram a treinar voos de formação com o MiG-29. Os aviões receberam um esquema nas cores branca e azul e o nome Strizhi, em homenagem ao andorinhão-preto, uma espécie de ave conhecida por sua velocidade e agilidade em voo. Em 6 de maio de 1991 o time realizou sua primeira exibição, sendo esta data considerada a sua data de criação.
Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum". Crédito: Rob Schleiffert
Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum". Fonte: http://www.flanker.ru/swifts/
Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum". Crédito: Fred Willemsen
Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum". Todas as fotos: https://aerobaticteams.net/
Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum", primeiro esquema de pintura (1991-2001). Fonte: http://kativ.eu/
Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum", segundo esquema de pintura (2001-2003). Fonte: http://kativ.eu/
Durante os anos seguintes, a equipe expandiu suas apresentações, realizando demonstrações acrobáticas em diversos países como Hungria, Holanda, Bulgária, Estados Unidos, Vietnã, China, Mongólia, Alemanha, Cazaquistão, República Tcheca e Emirados Árabes Unidos. O grupo também realizou várias exibições domésticas, incluindo todas as edições do show aéreo MAKS, comemorações de feriados nacionais, aniversários da Segunda Guerra Mundial, além de outros eventos locais. No início de 2003, todos os aviões da equipe receberam um novo esquema de pintura do fabricante do avião, a RSK MiG. A nova pintura apresentava as cores nacionais, vermelho, branco e azul, com destaque para uma grande andorinha estilizada pintada nas superfícies inferior e superior da fuselagem. Outro fato marcante desta época foi o início de exibições conjuntas com o outro grupo de acrobacias das Forças Aeroespaciais Russas, os "Russian Knights". Eles partiram de um par misto de aeronaves e, em 2004, as duas equipes realizaram pela primeira vez uma formação completa de cinco caças Sukhoi Su-27 e quatro MiG-29. Pouco tempo depois esta formação de nove aeronaves de ambos os times tornou-se uma acrobacia padrão fazendo parte da exibição aérea voada durante os eventos e foi nomeada como o "Diamante Kubinka".
Mikoyan-Gurevich MiG-29UB "Fulcrum". Crédito: Leonid Faerberg
Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum". Crédito: Max Bryansky
Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum". Crédito: Dimitri Jeostojic
Mikoyan-Gurevich MiG-29/UB "Fulcrum". Crédito: Artur Sarkisyan
Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum". Fonte: https://aerobaticteams.net/
Mikoyan-Gurevich MiG-29/UB "Fulcrum". Crédito: Theo van Vliet
Perfis - Mikoyan-Gurevich MiG-29UB "Fulcrum", terceiro esquema de pintura (2003-2016). Fonte: http://wp.scn.ru/
A equipe está baseada no aeródromo de Kubinka, localizado a 60 quilômetros de Moscou. Os pilotos de Kubinka foram os primeiros na então União Soviética a dominar acrobacias individuais e em grupo em caças a jato e até hoje em dia o local é conhecido como o principal centro de treinamento desta modalidade na Rússia, sendo lar também dos "Russian Knights", o outro time acrobático do país. No início de maio de 2011, os "Swifts" comemoraram seu 20º aniversário com um novo programa de voo. Cinco anos depois, em 21 de maio de 2016, a equipe comemorou o aniversário de um quarto de século e na ocasião os aviões receberam algumas alterações no esquema de pintura, notadamente nos estabilizadores verticais. O time voa em suas exibições com uma composição de caças MiG-29 de assento único e treinadores de combate MiG-29UB de dois lugares. Embora geralmente as demonstrações aconteçam com quatro a seis aeronaves, a frota da equipe contém dez caças no total. Recentemente algumas exibições foram realizadas com nove aviões. Atualmente a equipe está numa fase de transição, preparando-se para começar a substituir os veteranos MiG-29 pelos novos caças MiG-35.
Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum". Crédito: Sergy
Mikoyan-Gurevich MiG-29/UB "Fulcrum". Todas as fotos: Chris Heal
Perfis - Mikoyan-Gurevich MiG-29 "Fulcrum", esquema atual de pintura. Fonte: http://www.sukhoi.mariwoj.pl/
Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 1. Credito: Combat Approved
Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 2. Crédito: RUplanes
Crédito: Patrulla Aspa
A Patrulla Aspa é um grupo de helicópteros de voo acrobático da Força Aérea Espanhola pertencente à Ala 78, com sede na Base Aérea de Armilla, em Granada. A equipe começou com a iniciativa de alguns pilotos da Ala 78, quando os Hughes 300 ainda voavam como helicóptero de treinamento básico. Eles começaram a realizar formações de 3, 4 e até 5 helicópteros e desde então já se discutia a possibilidade de formar a primeira patrulha acrobática de helicóptero na Espanha. A entrada em serviço do Eurocopter EC 120 Colibri em 2000 e as suas excelentes capacidades em voo permitiram, após o estabelecimento de uma rotina de manobras, a criação do grupo em 23 de setembro de 2003, com a primeira demonstração pública acontecendo em 16 de Maio de 2004, na cidade de Sevilha. O time utiliza cinco helicópteros EC 120B e seus objetivos são promover a cultura aeronáutica entre a população civil, incuntir o espírito aeronáutico entre os mais jovens e representar a Força Aérea e a Espanha em eventos dentro e fora do país. A Patrulla Aspa é composta por 13 pilotos de helicópteros militares, todos pertencentes à Ala 78 e Instrutores de Voo junto aos seus dois esquadrões (781 e 782) que é o papel principal da Unidade. Todos são voluntários e para almejar um lugar no time precisam cumprir um requisito mínimo de horas de voo (tanto experiência anterior em Unidades Operacionais como experiência no EC 120) e realizar um plano de formação específico, após aprovação do Chefe da Patrulha, passando então a fazer parte do quadro da equipe, primeiro como piloto de reserva e posteriormente como piloto regular. A tripulação durante as exibições é composta por dois pilotos por aeronave. A equipe de apoio que acompanha os pilotos é composta por quatorze pessoas (dez técnicos de manutenção de aeronaves, dois especialistas em vídeo e fotografia e dois relações públicas que também fazem a função de comentaristas. Dependendo do local e das condições meteorológicas, existem três tipos de exibição, a padrão, a sobre a água e a de mau tempo. Embora uma apresentação com helicópteros não seja tão atraente e ruidosa quanto por exemplo, a de uma equipe de caças supersônicos, ela tem a seu favor, a realização de algumas acrobacias inusitadas e a proximidade com o público. A equipe ao longo dos anos desenvolveu a aperfeiçoou suas manobras para conseguir uma exposição sem interrupções e com uma duração aproximada de 17 a 20 minutos. Os helicópteros utilizados pela equipe não possuem uma identidade visual própria, empregando o esquema padrão de pintura adotado pela Força Aérea Espanhola para o modelo. As demonstrações contam com um sistema de geração de fumaça junto ao exaustor do motor.
Eurocopter EC 120B Colibri. Todas as fotos: Facebook/Patrulla Aspa
Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 1. Crédito: Ejército del Aire
Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 2. Crédito: Marc Talloen
Crédito: USAF
Umas das equipes mais famosas e conhecidas no mundo, a história dos Thunderbirds, o Esquadrão de demonstração aérea oficial da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) começou oficialmente em maio de 1953 com a 3600ª Unidade de Demonstração Aérea na Base Aérea de Luke no Arizona. Criada ao fim da Guerra da Coréia (1950-1953), sua missão era mostrar ao público norte-americano a segurança, confiabilidade e manobrabilidade das aeronaves a jato, que eram relativamente novas na época, além de servir como uma ferramenta de recrutamento para a Força Aérea. Durante os primeiros seis shows a equipe levou o nome de "Stardusters", mas logo depois o nome foi mudado para Thunderbirds, uma referência à mitologia dos povos indígenas que haviam habitado a região, tida como uma criatura do céu semelhante a uma águia ou um falcão que governava os poderes do céu, ordenava a vitória em tempos de guerra, lançando trovões e relâmpagos de seus olhos. Seu primeiro avião foi o Republic F-84G Thunderjet, utilizado entre os anos de 1953 e 1954. No ano seguinte ele foi substituído pelos Republic F-84F Thunderstreak, de asas enflechadas. Em 1956 chegam os North American F-100C/D Super Sabre, tornando os Thunderbirds a primeira equipe no mundo a empregar jatos supersônicos em exibições aéreas. Neste mesmo ano o grupo muda-se de Luke para Nellis, em Nevada, sua sede até os dias atuais. Um fato inusitado ligado aos primeiros anos de operação dos Thunderbirds é que a equipe utilizou um jato de treinamento Lockheed T-33 Shooting Star como aeronave do narrador e também para transportar convidados especiais ou integrantes da imprensa, uma vez que todos os aviões de demonstração eram de assento único. Em 1964, o time passou para os Republic F-105B Thunderchief, mas devido a uma falha estrutural em um dos aviões, voaram com eles em apenas seis apresentações, retornando para o F-100. Em 1969, o esquadrão se reequipou com os McDonnell Douglas F-4E Phantom II, curiosamente operado também nesta época pela outra equipe de exibição estadunidense, os Blue Angels da Marinha, única vez na história que os dois times voaram simultaneamente o mesmo equipamento. Com o F-4 houve também uma alteração no esquema de pintura dos Thunderbirds, com as aeronaves sendo pintadas na cor branca ao invés do acabamento geral em alumínio usado até então.
Republic F-84G Thunderjet. Todas as fotos: USAF
Perfil lateral - Republic F-84G Thunderjet (1953-1954). Fonte: https://www.aviationgraphic.com/
Republic F-84F Thunderstreak. Todas as fotos: USAF
Republic F-84F Thunderstreak. Crédito: David Rider
Perfil lateral - Republic F-84F Thunderstreak (1955). Fonte: http://wp.scn.ru/
Lockheed T-33 Shooting Star, utilizado como aeronave de dois assentos para o narrador e em voos com convidados e imprensa. Fonte: https://thejivebombers.files.wordpress.com/
Perfil lateral - Lockheed T-33 Shooting Star. Fonte: https://www.rc-planes.nl/
North American F-100C/D Super Sabre. Todas as fotos: https://www.f-100.org/
Perfis - North American F-100C Super Sabre (1956-1968). Fonte: https://aerobaticteams.net/
Republic F-105B Thunderchief. Todas as fotos: USAF
Perfis - Republic F-105B Thunderchief (1964). Fonte: https://ww2aircraft.net/
McDonnell Douglas F-4E Phantom II. Todas as fotos: https://aerobaticteams.net/
Perfil lateral - McDonnell Douglas F-4E Phantom II (1969-1973). Fonte: https://www.deviantart.com/
Após a crise do petróleo de 1973, em um esforço para diminuir os custos com combustível, a equipe trocou os F-4 Phantom II pelos treinadores supersônicos Norhtrop T-38 Talon, interrompendo assim a tradição de sempre utilizarem aeronaves de combate de primeira linha em suas formações, porém, cinco T-38 consumiam a mesma quantidade de combustível de um único F-4, justificando a substituição. A era do Talon com os Thunderbirds entretanto foi marcada por um trágico acidente no início de 1982, em Indian Springs, Nevada, durante um voo de treinamento, quando quatro aviões chocaram-se contra o solo na saída de um looping, vitimando todos os pilotos. O acidente ficou conhecido como "Diamond crash" e as investigações apontaram para um problema mecânico com o atuador da alavanca de controle da aeronave líder. Durante os voos em formação (típico para a maioria das equipes de exibição) todos os pilotos em geral seguem visualmente o líder e assim, todas as outras três aeronaves completamente sem problemas acabaram atingindo o solo em alta velocidade. O acidente interrompeu as demonstrações dos Thunderbirds por 14 meses até 2 de abril de 1983, quando eles voltaram a voar novamente, mas agora com nova aeronave, o General Dynamics F-16A/B Fighting Falcon Bloco 15, modelo que é utilizado até os dias atuais em suas versões atualizadas F-16C/D Bloco 32 (1992-2008) e depois F-16C/D Bloco 52 (de 2009 em diante). Apenas algumas pequenas modificações diferenciam um F-16 dos Thunbderbirds de um operacional. Estas incluem, além da pintura, a substituição do canhão de 20 mm e do tambor de munição por um sistema de geração de fumaça entre outras pequenas modificações, de forma que as aeronaves podem ser devolvidas a um esquadrão operacional em pouco tempo, sem grande perda de tempo.
Northrop T-38A Talon. Todas as fotos: USAF
Perfil lateral - Northrop T-38A Talon (1974-1981). Fonte: http://asasdeferro.blogspot.com/
No total, a equipe é composta por 120 integrantes (12 Oficiais, 4 civis e 104 Graduados). Todos os doze Oficiais usam o indicativo "Thunderbird" com seu respectivo número. Assim, Thunderbird #1 é o Líder e Comandante do Esquadrão. Os pilotos #2 a #6 são pilotos de demonstração: #2 é a asa esquerda, #3 é a asa direita, #4 é o slot, #5 é o solo principal e #6 é o solo oposto. Piloto #7 é o Oficial de Operações e #8 é o narrador e coordenador do show. Cada um desses pilotos é um piloto de caça do esquadrão, mas apenas os seis primeiros participam do show aéreo. O nº 9 é o Médico da equipe, o nº 10 é o Chefe Executivo, o nº 11 é o Chefe de Manutenção e o nº 12 é o Oficial de Relações Públicas. Os candidatos a piloto devem ter pelo menos 1.000 horas de voo em caças a jato e devem voar ou estar familiarizados com o F-16. Todos os candidatos aos "Thunderbirds" devem ter pelo menos 3 anos (mas não mais de 12 anos) de serviço militar. Os selecionados se juntam ao grupo no final da temporada de cada ano para avaliações e voos de treino e ao final desta etapa, os melhores são escolhidos para integrar o time. Três pilotos de demonstração mudam a cada ano. A avaliação aérea inclui um voo em formação aproximada e algumas manobras básicas de combate. Os pilotos servem por dois anos, enquanto o resto da equipe atua por três ou quatro anos. Eles treinam de novembro a março, quando então estão prontos para iniciar a temporada de shows. Por esta altura, cada piloto terá completado cerca de 100 voos de treinamento. Além de suas responsabilidades de demonstração aérea, os pilotos da equipe fazem parte da força de combate da USAF e, se necessário, podem ser rapidamente integrados a uma unidade de caça operacional.
General Dynamics (Lockheed Martin) F-16 Fighting Falcon. Todas as fotos: https://aerobaticteams.net/
General Dynamics (Lockheed Martin) F-16 Fighting Falcon. Todas as fotos: https://www.f-16.net/
Perfis - General Dynamics (Lockheed Martin) F-16C Fighting Falcon. Fonte: https://www.deviantart.com/
Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 1. Crédito: Unicorn Breeder
Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 2. Crédito: Defense System
Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 3. Crédito: LiveAirShowTV
Clique sobre a imagem para assistir ao vídeo 4. Crédito: spencerhughes2255
Com esta quatro equipes de demonstração apresentadas aqui, encerramos esta série especial de matérias. No total trouxemos aos nossos leitores 46 times militares acrobáticos com o máximo de informações que conseguimos coletar sobre cada um deles, contando um pouco de suas histórias, curiosidades e mostrando suas aeronaves, através de fotos, diagramas, perfis e vídeos de suas exibições. Foi um trabalho intenso de pesquisa e muita dedicação para compilar os dados de diversas fontes, escrever os textos, criar as planilhas e editar as fotos e os perfis que você acompanhou ao longo destas últimas semanas, mas acreditamos que tenha valido a pena todo este esforço. Agradecemos a todos pelo privilégio da companhia.
Por onde voamos nesta matéria.
3 comentários:
Interessante conteúdo , belíssimas imagens. Parabéns.
Excelente trabalho.
Parabéns Marcelo.
Rapaz.... Que baita matéria....parabéns Marcelo
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