O Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), popularmente conhecido como “Esquadrilha da Fumaça”, é a equipe oficial de demonstração aérea da Força Aérea Brasileira (FAB). Está sediada atualmente na Academia da Força Aérea (AFA), na cidade de Pirassununga (SP).
Histórico:
A Esquadrilha da Fumaça originou-se pela iniciativa de instrutores da Escola de Aeronáutica (EAer) então sediada no Campo dos Afonsos (RJ). Em suas horas de folga, no almoço ou final do expediente, os pilotos treinavam acrobacias em grupo, com o intuito de motivar os cadetes para a prática do voo de acrobacia, além de despertar-lhes as vocações para a aviação de combate da FAB, bem como incentivá-los a confiarem em suas aptidões e na segurança das aeronaves utilizadas na instrução.
Os Tenentes Mário Sobrinho Domenech, Haroldo Ribeiro Fraga, Jayme Selles Collomer, Cândido Martins da Rosa e Paulo Cezar Rosa decolavam com seus T-6 e executavam uma grande variedade de manobras acrobáticas e de precisão diante dos olhares de todos. Inicialmente, apesar do grupo de T-6 estar junto, as manobras eram feitas de modo independente, solo, por cada piloto. A constância dessas “apresentações” aguçou o ânimo dos pilotos que passaram a se esmerar cada vez mais. Assim desses vôos para os cadetes, o grupo passou a voar longe dos olhares da base, onde tinham liberdade para ousar ao máximo e logo começaram a executar algumas acrobacias em conjunto. Inicialmente com duas aeronaves, mais tarde três e, por fim, quatro aviões. Assunto nas rodas de conversa da escola, a equipe obteve autorização para a primeira demonstração sobre os Afonsos graças à intervenção do futuro ministro da Aeronáutica, o então Tenente-Coronel Délio Jardim de Mattos, fascinado por acrobacias aéreas.
Em 14 de maio de 1952, durante a realização de uma cerimônia cívico-militar na EAer, contando inclusive com a presença de uma comitiva de oficiais estrangeiros em visita à Escola, aconteceu a primeira demonstração oficial do grupo. Era o nascimento do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA). A partir daquele momento, o grupo passou a se apresentar em solenidades importantes da escola.
North American T-6D (FAB 1588) - Escola de Aeronáutica - Esquadrilha da Fumaça - 1º padrão de pintura
Após algumas apresentações, os “Cambalhoteiros” como eram conhecidos, perceberam a necessidade de proporcionar ao público uma melhor visualização das manobras executadas. É importante ressaltar que até então, a esquadrilha não tinha nada com “fumaça”. Na verdade, a característica que se tornaria a marca registrada da equipe surgiu mais tarde, quando em uma viagem ao Colorado (EUA), alguns de seus membros viram uma exibição de quatro aviões soltando fumaça, escreveram o nome de um cigarro no céu. Um amigo do grupo, piloto da Varig, descobriu que aquela fumaça era produzida com óleo de limpeza de motor (flushing oil) que liberado no escapamento do motor da aeronave, que se encontrava em alta temperatura, resultava na fumaça branca de grande visibilidade. Não se perdeu tempo em adquirir um barril desse óleo e, de volta ao Brasil, criar um sistema para a aplicação nos T-6. Era um dia ensolarado de 1953 quando os Texan decolaram dos Afonsos, rumaram para a zona sul do Rio de Janeiro e escreveram “FAB” em letras enormes, sobre a praia de Copacabana. Logo os mecânicos começaram a chamar o esquadrão de “Esquadrilha da Fumaça”. Em seguida, o Brasil inteiro já conhecia o EDA pelo apelido.
Já no ano de 1955, o EDA foi dotado com cinco aeronaves exclusivas, que receberam uma pintura especial criada pelo já Cap.-Av. Jayme Selles Collomer. Iniciava uma época áurea para a esquadrilha, em que novos pilotos ingressaram, de modo a aumentar a disponibilidade operacional para poder atender ao grande numero de apresentações agendadas, que crescia cada vez mais.
North American T-6C (FAB 1295) - Esquadrilha da Fumaça - 2º padrão de pintura
North American T-6D (FAB 1559) - Esquadrilha da Fumaça - 2º padrão de pintura
Em 1968, a FAB adquiriu sete jatos de treinamento franceses Fouga CM.170 Magister, que foram designados T-24 no Brasil, e entregues no ano seguinte para a Esquadrilha. Embora tivessem boas qualidades acrobáticas, logo revelaram limitações sérias – sobretudo, a pequena autonomia de vôo (seu reator consumia querosene, que não existia com facilidade à época, na maioria dos aeródromos brasileiros) e a incapacidade de operar em pistas não-pavimentadas. Esta última, aliás, talvez fosse a mais séria, pois restringia drasticamente a capacidade da Esquadrilha de se apresentar pelo interior brasileiro. Porém um dos atrativos da máquina francesa era a capacidade de soltar fumaça colorida, graças ao sistema de saída dela pelo escapamento, na cauda do jato. Entretanto este diferencial não foi suficiente para manter os elegantes jatos franceses voando na Esquadrilha, sendo desativados em 1974, com apenas 46 apresentações realizadas. Como não havia abandonado o bom e velho T-6, a Esquadrilha continuou com as apresentações.
Fouga Magister T-24 (FAB 1724) - Esquadrilha da Fumaça
Após uma longa carreira de 34 na FAB, os North American T-6 fora desativados de todas as unidades aéreas brasileiras em 1976. A retirada do veterano avião, marcou também o fim das operações da Esquadrilha da Fumaça, pois não havia no mercado, outro modelo de características acrobáticas similares para substituí-los. Entretanto, em seus 24 anos de operação e realizando um total de 1.272 apresentações, a semente da Esquadrilha fora muito bem plantada e assim, não demoraria a germinar novamente.
Alguns anos mais tarde, já na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP), o seu então comandante, brig.-do-ar Lauro Ney Menezes, decidiu incentivar a reativação de uma esquadrilha de demonstração aérea e para isso selecionou alguns de seus melhores instrutores, que iniciaram os treinos de acrobacia e vôos em formação com o avião então usado pela AFA na instrução dos cadetes, o Neiva T-25 Universal. E o legado da Fumaça, com suas tradições, foi garantido pela união ao grupo de um dos últimos “fumaceiros” dos tempos do T-6, o maj. Geraldo Ribeiro Júnior. Por ocasião da solenidade de entrega dos espadins aos cadetes do primeiro ano da AFA, no dia 10 de julho de 1980, acontecia a primeira apresentação da nova equipe, que recebeu o apelido de “Cometa Branco” (nome homenageando o código-rádio utilizado pelas aeronaves da AFA).
Alguns anos mais tarde, já na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP), o seu então comandante, brig.-do-ar Lauro Ney Menezes, decidiu incentivar a reativação de uma esquadrilha de demonstração aérea e para isso selecionou alguns de seus melhores instrutores, que iniciaram os treinos de acrobacia e vôos em formação com o avião então usado pela AFA na instrução dos cadetes, o Neiva T-25 Universal. E o legado da Fumaça, com suas tradições, foi garantido pela união ao grupo de um dos últimos “fumaceiros” dos tempos do T-6, o maj. Geraldo Ribeiro Júnior. Por ocasião da solenidade de entrega dos espadins aos cadetes do primeiro ano da AFA, no dia 10 de julho de 1980, acontecia a primeira apresentação da nova equipe, que recebeu o apelido de “Cometa Branco” (nome homenageando o código-rádio utilizado pelas aeronaves da AFA).
Neiva T-25C Universal (FAB 1850) - Esquadrilha "Cometa Branco" - Academia da Força Aérea
Em 16 de agosto de 1980, a Embraer fazia voar seu treinador EMB-312. Turboélice, o avião criava um novo padrão de treinamento aéreo, com cockpit de dois lugares em tandem, com configuração, layout e equipamentos presentes em aeronaves de combate de propulsão a jato. Seus tripulantes contavam com assentos ejetáveis Martin-Baker, sistemas de oxigênio e equipamentos completos de comunicação e navegação. Sem falar na sua aerodinâmica refinada. Recebeu aprovação quase que imediata para se tornar o treinador padrão da FAB e entrou em produção em 1982, ganhando o nome de “Tucano” e designação militar de T-27.
As primeiras entregas ocorreriam em setembro de 1983 e em 21 de outubro, renascia a Esquadrilha da Fumaça, oficialmente designada EDA – Esquadrão de Demonstração Aérea. A primeira demonstração aérea realizada com T-27 ocorreu no dia 8 de dezembro de 1983, nas festividades de formatura dos aspirantes, na Academia da Força Aérea (AFA). Seguiu-se um longo período de atividade s em que a Esquadrilha consolidou de vez seu nome junto ao público. Por causa do sucesso das apresentações também no exterior, o grupo recebeu o título de “Embaixadores do Brasil nos céus”. O Tucano T-27, dada a sua manobrabilidade, permitiu a inclusão de diversas acrobacias enriquecendo a apresentação da Esquadrilha. Algumas delas são exclusivas do EDA, como por exemplo, o voo de dorso com várias aeronaves. A acrobacia está no Guinness Book of Records, o livro dos recordes mundiais. Em 1996, a Esquadrilha efetuou o voo de dorso em formação com dez aviões durante 30 segundos. A marca recorde foi quebrada mais duas vezes pela própria Esquadrilha, em 2002 e 2006.
As primeiras entregas ocorreriam em setembro de 1983 e em 21 de outubro, renascia a Esquadrilha da Fumaça, oficialmente designada EDA – Esquadrão de Demonstração Aérea. A primeira demonstração aérea realizada com T-27 ocorreu no dia 8 de dezembro de 1983, nas festividades de formatura dos aspirantes, na Academia da Força Aérea (AFA). Seguiu-se um longo período de atividade s em que a Esquadrilha consolidou de vez seu nome junto ao público. Por causa do sucesso das apresentações também no exterior, o grupo recebeu o título de “Embaixadores do Brasil nos céus”. O Tucano T-27, dada a sua manobrabilidade, permitiu a inclusão de diversas acrobacias enriquecendo a apresentação da Esquadrilha. Algumas delas são exclusivas do EDA, como por exemplo, o voo de dorso com várias aeronaves. A acrobacia está no Guinness Book of Records, o livro dos recordes mundiais. Em 1996, a Esquadrilha efetuou o voo de dorso em formação com dez aviões durante 30 segundos. A marca recorde foi quebrada mais duas vezes pela própria Esquadrilha, em 2002 e 2006.
Embraer EMB-312 Tucano T-27 (FAB 1358) - Esquadrilha da Fumaça -1º padrão de pintura (1983-2000)
Em maio de 2000, a Embraer verificou um desgaste prematuro na estrutura das asas dos T-27 e decidiu, então, junto com o Comando da Aeronáutica, que os aviões da Esquadrilha da Fumaça teriam que passar por um processo de revisão estrutural, ocasionando uma interrupção nas apresentações por um período de 21 meses. Aproveitando esse período difícil para a Unidade, os pilotos da Esquadrilha da fumaça resolveram concretizar o antigo sonho de portar novamente as cores da Bandeira Nacional em seus aviões. Desenvolveu-se um trabalho em grupo, liderado pelo Capitão Aviador José Roberto de Oliveira, e chegou-se a um desenho compatível com as nossas cores e que possibilitava bom contraste com o céu.
Embraer EMB-312 Tucano T-27 (FAB 1308) - Esquadrilha da Fumaça - 2º padrão de pintura (2001-)
Com o equipamento revisado e a motivação renovada, em 25 de fevereiro de 2002, em evento realizado em sua sede na Academia da Força Aérea, a Esquadrilha da Fumaça retomou a sua rotina de demonstrações. Sendo a segunda mais antiga esquadrilha oficial de demonstração aérea do mundo, só perdendo para os Blue Angels da Marinha dos EUA, o EDA já realizou mais de 3400 apresentações no Brasil e em países como Alemanha, Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Equador, Estados Unidos, França, Paraguai, Portugal, República Dominicana, Uruguai, entre outros.
A Esquadrilha da Fumaça prepara-se agora para receber um novo vetor. Depois de quase trinta anos de excelentes serviços prestados ao EDA, é hora do T-27 Tucano passar o bastão ao seu sucessor, ao que tudo indica, o Embraer EMB-314 Super Tucano. Avaliações e testes já foram realizados, dependendo apenas de algumas adaptações, para que outra aeronave de fabricação nacional continue a levar o nome do Brasil e da FAB aos quatro ventos.
Certamente a implantação da nova aeronave se constituirá em um novo desafio para a Esquadrilha da Fumaça, mas também sabemos que os mesmos serão superados, pois com seus exemplos de doutrina, segurança, profissionalismo e dedicação, o EDA e seus integrantes comprovam que o esforço do ser humano em aperfeiçoar-se e superar-se a cada dia, constituem a capacidade e o espírito de todos os pilotos e integrantes da Força Aérea Brasileira e, por extensão, do povo brasileiro.
A Equipe:
A Esquadrilha da Fumaça é formada por treze pilotos, que se revezam em sete posições de voo a cada demonstração. Toda apresentação conta com sete aeronaves. Quando não há aeronave de apoio, ou seja, em circuitos breves, a equipe se desloca normalmente com 16 militares, sendo 8 pilotos (Oficiais) e 8 mecânicos (Suboficiais e Sargentos). Apenas um dos pilotos não participa da demonstração, pois fica responsável pela locução, juntamente com um auxiliar (mecânico).
Para ingressar na Esquadrilha da Fumaça, os candidatos precisam completar 1500 horas de voo, sendo 800 delas como instrutores de voo na Academia da Força Aérea (AFA). Além disso, para fazer parte do grupo, o oficial deve ser voluntário e precisa ser aprovado de forma unânime por um Conselho Operacional, composto por todos os oficiais do Esquadrão.
A posição de voo número 7, denominada de “isolado”, é revezada pelos pilotos que estão em seu terceiro ou quarto ano no EDA, por períodos de aproximadamente um ano ou de acordo com a necessidade operacional.
Para que os aviões possam voar com o máximo desempenho e total segurança, uma equipe de técnicos altamente especializados trabalha incansavelmente. Esses técnicos, formados pela Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), localizada na cidade de Guaratinguetá (SP), são os responsáveis pela eficiência das aeronaves, empregando todos os seus conhecimentos para que a apresentação da Esquadrilha seja cercada da maior segurança. Tamanha é a confiança na qualidade de seus trabalhos que os pilotos os batizaram como “Anjos da Guarda”.
A Esquadrilha da Fumaça prepara-se agora para receber um novo vetor. Depois de quase trinta anos de excelentes serviços prestados ao EDA, é hora do T-27 Tucano passar o bastão ao seu sucessor, ao que tudo indica, o Embraer EMB-314 Super Tucano. Avaliações e testes já foram realizados, dependendo apenas de algumas adaptações, para que outra aeronave de fabricação nacional continue a levar o nome do Brasil e da FAB aos quatro ventos.
Certamente a implantação da nova aeronave se constituirá em um novo desafio para a Esquadrilha da Fumaça, mas também sabemos que os mesmos serão superados, pois com seus exemplos de doutrina, segurança, profissionalismo e dedicação, o EDA e seus integrantes comprovam que o esforço do ser humano em aperfeiçoar-se e superar-se a cada dia, constituem a capacidade e o espírito de todos os pilotos e integrantes da Força Aérea Brasileira e, por extensão, do povo brasileiro.
A Equipe:
A Esquadrilha da Fumaça é formada por treze pilotos, que se revezam em sete posições de voo a cada demonstração. Toda apresentação conta com sete aeronaves. Quando não há aeronave de apoio, ou seja, em circuitos breves, a equipe se desloca normalmente com 16 militares, sendo 8 pilotos (Oficiais) e 8 mecânicos (Suboficiais e Sargentos). Apenas um dos pilotos não participa da demonstração, pois fica responsável pela locução, juntamente com um auxiliar (mecânico).
Para ingressar na Esquadrilha da Fumaça, os candidatos precisam completar 1500 horas de voo, sendo 800 delas como instrutores de voo na Academia da Força Aérea (AFA). Além disso, para fazer parte do grupo, o oficial deve ser voluntário e precisa ser aprovado de forma unânime por um Conselho Operacional, composto por todos os oficiais do Esquadrão.
A posição de voo número 7, denominada de “isolado”, é revezada pelos pilotos que estão em seu terceiro ou quarto ano no EDA, por períodos de aproximadamente um ano ou de acordo com a necessidade operacional.
Para que os aviões possam voar com o máximo desempenho e total segurança, uma equipe de técnicos altamente especializados trabalha incansavelmente. Esses técnicos, formados pela Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), localizada na cidade de Guaratinguetá (SP), são os responsáveis pela eficiência das aeronaves, empregando todos os seus conhecimentos para que a apresentação da Esquadrilha seja cercada da maior segurança. Tamanha é a confiança na qualidade de seus trabalhos que os pilotos os batizaram como “Anjos da Guarda”.
Atribuições:
- Estimular e desenvolver as vocações e a mentalidade aeronáuticas;
- Valorizar a Força Aérea Brasileira (FAB) e o sentimento de nacionalismo;
- Expressar a afirmação e o profissionalismo de todos os componentes da FAB;
- Demonstrar o alto grau de treinamento e a capacidade dos pilotos brasileiros;
- Comprovar a qualidade dos produtos da indústria aeronáutica brasileira;
- Contribuir para uma maior integração entre a FAB e as demais Forças Singulares;
- Estimular o entrosamento entre os segmentos civil e militar ligados à atividade aeronáutica;
- Representar a FAB no exterior como instrumento diplomático;
- Difundir a Política de Comunicação Social do COMAER;
- Participar do processo de integração nacional, marcando a presença da FAB nos eventos realizados em todo o País.
Texto organizado e editado por Marcelo Lobo da Silva a partir dos seguintes sites:
- Site oficial do EDA (http://www.esquadrilhadafumaca.com.br);
- História da Esquadrilha da Fumaça (http://cafemodelismoforum.livreforum.com);
- Esquadrilha da Fumaça completa 59 anos de acrobacias aéreas (http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?mostra=7126)
- Vistas laterais das aeronaves de autoria de Rudnei Dias da Cunha (http://www.rudnei.cunha.nom.br/FAB/index.html) via http://www.esquadrilhadafumaca.com.br/quem-somos/aeronaves.htm
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