A primeira unidade operacional
equipada com a versão caça-bombardeiro denominada Me 262A-2a Sturmvogel foi o
EKdo. Schenk (Erprobungskommando Schenk), formada em Lechfeld com elementos da
KG51 (Kampfgeschwader 51). No dia 20.07.1944, a unidade era transferida para
Chateaudun perto de Orleans na França, com os seus nove aviões sendo comandados
pelo Maj. Wolfgang Schenk. Foi a partir daí que lançaram suas primeiras
missões.
As fontes aliadas omitem
totalmente a sua presença, o que se deve ao fraco impacto que tiveram as suas
intervenções. Com efeito dos dirigentes alemães não acreditarem que o
desembarque na Normandia fosse o principal, que esperavam para Calais e assim a
EKdo. Schenk recebeu ordens para não atacar abaixo dos 4.000 m. Como os pilotos
não tinham meios para atacar com precisão a essa altitude, a sua eficiência foi
muito baixa.
Entretanto, a situação na França
degradava-se progressivamente. No dia 15.08.1944 a unidade - agora de signada
como I./KG51 (Gruppe I da Kampfgeschwader51) - era transferida para Creil e em
28.08.1944 para Chiévres, na Bélgica. Foi nesse dia que os interceptores P-47
aliados contactaram pela primeira vez o Me 262. No final da tarde o Maj. Joseph
Myers do 78º Grupo de Caça avistou um dos velocíssimos caça-bombardeiros. Os
resultados recolhidos pela KG51 permitiram concluir que a eficiência do
caça-bombardeiro era aproximadamente a mesma do Fw 190 nesse papel,
adicionalmente, a sua alta velocidade tornava-o a plataforma adequada para
ataques a baixas altitudes devido à superioridade aérea aliada.
Entre Outubro e Dezembro de 1944
foram construídos 342 Me 262 o que permitiu alocar alguns aparelhos a outras
funções. Foi criada uma unidade de caça noturna, o Kommando Welter (sob o
comando do Oblt. Kurt Welter), que inicialmente possuía apenas dois caças
equipados com radar que era operado pelo próprio piloto, o FuG 218 Neptun.
Neste período foi igualmente criado o Einsatzkommando Braunegg (sob comando do
Hptm. Braunegg), uma unidade de reconhecimento de curto alcance que serviu no
noroeste da Itália durante o mês de Março de 1945. Os Me 262A-1a/U3 do
Einsatzkommando Braunegg haviam trocado as armas por câmaras fotográficas (Rb
50/30 ou Rb 20/30 e uma 75/30) fixadas em duas estruturas em forma de lágrima
que eram apontadas através de uma janela no chão da cabine do piloto.
Contudo, durante essa fase, a
maioria das atividades do Me 262 foi assumida pelos caça-bombardeiros da
Kampfgeschwader 51. Quando em 16.12.1944 a Alemanha desencadeou a sua última
grande ofensiva da guerra, nas Ardenas, os Me 262 estavam presentes. Não causaram,
contudo, grandes baixas às forças terrestres aliadas e tudo o que conseguiram
foi obrigar os aliados a desviar alguns aviões para os interceptar, aviões que
poderiam ter sido empregados em outros papéis e lugares.
No dia 01.01.1945 a Luftwaffe tentou
o seu último golpe de força. Mais de mil aviões foram lançados num ataque
contra aerodromos franceses, holandeses e belgas. Nesta operação participaram
vinte Me 262 da KG51 que conjuntamente com os Bf 109s e Fw 190s da JG3
(Jagdgeschwader 3) atacaram as bases aéreas aliadas de Eindhoven e Heesch. Foi
na primeira que a Luftwaffe conseguiu o melhor resultado de toda a operação,
conseguindo destruir mais de quinze Spitfires e Typhoons. Dois Me 262 da KG51
seriam abatidos, um dos quais por fogo anti-aéreo da base de Heesch. Durante o
mês de Janeiro de 1945 mais ataques foram conduzidos pela Kampfgeschwader 51.
Até fevereiro de 1945 já havia
sido entregue à Luftwaffe 564 Me 262s e as fábricas da Messerschmitt entregavam
36 a cada semana. Contudo, o número de aparelhos operacionais era muito
inferior, visto que a Luftwaffe registrava apenas 61 jatos deste tipo nas suas
fileiras. Além destes aparelhos operacionais, outros 180 jatos tinham sido
entregues às unidades que se preparavam para entrar em operação como a: JG7,
KG(J)54, a unidade de conversão III./EJG2 (Ergänzungsjagd-geschwader 2), e
vários centros de testes. Além destes, cerca de 150 teriam sido perdidos
durante ataques aliados. A somatória destas parcelas totaliza apenas 400
aparelhos, permanecendo por explicar o destino de quase 200 Me 262. Talvez
tenham sido simplesmente perdidos no caos ferroviário alemão de 1945, talvez
tenham permanecido em armazéns da Luftwaffe aguardando pelos seus pilotos que
rareavam cada vez mais, ou sendo destruídos durante os gigantescos raids
aéreos.
Fonte: http://www.luftwaffe39-45.historia.nom.br
Fontes consultadas:
http://www.airpages.ru/
http://www.ww2incolor.com/
http://www.wehrmacht-history.com/
http://operationmorgenstern.blogspot.com/
http://www.wwiiaircraftphotos.com/
http://ww2photo.se/
http://www.wwiivehicles.com/
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